O piloto argentino contou como se desenrascou para chegar à Fórmula 1 no podcast Beyond the Grid.
Franco Colapinto atravessa atualmente um momento delicado na sua carreira. Os resultados na Alpine não aparecem e o seu principal apoiador, Flavio Briatore, começa a dar sinais de impaciência.
Ainda assim, após a sua participação no programa oficial da F1 no YouTube, ficou claro que esta não é a fase mais difícil que já enfrentou na vida.
“Eu acredito no Flavio Briatore. Ele vai levar a Alpine de volta ao topo. Aprendi muito com ele e estou-lhe muito agradecido. Tornou-me uma pessoa muito mais forte psicologicamente”, afirmou sobre o dirigente italiano.
Adolescência peculiar
Mas a parte mais impactante chegou quando começou a contar sobre a sua vida aos 14 anos, vivendo numa oficina em Itália após deixar a Argentina para perseguir o seu sonho: "Ia às compras sozinho. Comprava algumas coisas para cozinhar para mim. Acho que foi o meu melhor momento como cozinheiro", revelou, sobre os seus planos de fim de semana naquela época.
"Não tinha amigos, estava sozinho. Não tinha empresário. Claro que passava o dia com os mecânicos, mas ninguém cuidava de mim", prosseguiu.
Depois, contou um episódio caricato que lhe aconteceu ao atravessar o Canal da Mancha com a sua equipa: "Uma corrida era em Inglaterra e era preciso atravessar o canal. Era preciso mostrar o passaporte porque estávamos a regressar numa carrinha com os mecânicos. Saí e mostrei os documentos. Os meus pais tinham assinado para eu poder viajar sozinho, então entreguei o passaporte a uma mulher e ela disse: 'Não podes estar aqui, tens de estar na escola'", recordou.
"Ela estava zangada e pensava que era minha mãe. Eu disse: 'Sim, mas estou a fazer o que amo'. Não sei, para mim a melhor escola é viver uma vida que nunca imaginaste ou que ninguém mais está a viver", concluiu Colapinto.