Numa entrevista publicada no site oficial da Fórmula 1, o espanhol reiterou que vai continuar a correr na categoria máxima enquanto se sentir rápido, mesmo que o seu carro atual não lhe permita lutar por vitórias.
"Vou pilotar enquanto me sentir rápido e competitivo e a equipa precisar de mim ao volante", disse, acrescentando que não se vê a entrar na sua quinta década ao volante, embora aos 20 anos também se via num monolugar depois dos 40 anos.
"Não me vejo aos 50, mas não sei. É por isso que também mantemos a possibilidade em aberto. Queria correr este ano e no próximo ano de certeza por causa da mudança de regulamentos, e queria experimentar os regulamentos de 2026 e a chegada da Honda à equipa", indicou.
Essa é uma opção também para se livrar do espinho do fabricante japonês de motores na segunda passagem pela McLaren, que não deu certo, mas que agora também está cheia de entusiasmo com a incorporação do engenheiro estrela que fez Vettel e Verstappen serem tetracampeões.
"Depois, a surpresa de Adrian (Newey) que vai entrar para a equipa alguns meses mais tarde. Havia coisas que eram atrativas no ano passado, quando nos sentámos juntos para negociar o contrato. Mas depois de 2026, não sei. Vou ver época a época. Verei como me sinto, até que ponto estou motivado. Agora estou, mas não posso garantir isso durante três ou quatro anos e comprometer a equipa. Por isso, dissemos 'vamos fazê-lo até ao final de 2026' e, a partir daí, tenho uma relação fantástica com o Lawrence (Stroll) e com o Lance, e podemos sentar-nos e falar honestamente um com o outro e ver o que é melhor para a equipa", explicou.
Noutra função na Aston Martin
Quando se afastar da condução, o espanhol quer continuar na equipa, independementemente da nova função.
"Estarei sempre em posição de ajudar a equipa em tudo o que for necessário. Se for ao volante, prolongarei o meu contrato se assim o entenderem e se me sentir motivado. Se for noutra posição, ou se não me sentir suficientemente rápido, serei o primeiro a levantar a mão. Mas o meu contrato é muito mais longo do que a minha carreira de piloto, por isso vou ficar com esta equipa durante muitos e muitos anos numa função diferente. Se isso significar que podemos ganhar um Campeonato do Mundo mesmo quando eu não estiver ao volante, continuarei a ter muito orgulho no projeto", admitiu.
Mas espera que, antes disso, possa ganhar um terceiro Campeonato do Mundo.
"Gostei de 2023, de ser competitivo. E agora gosto do processo em que estamos e de construir esta equipa do futuro. Às vezes digo que não somos a equipa do presente e é isso que gostaria de ter, porque no futuro não sei se vou estar ao volante. Mas farei tudo o que estiver ao meu alcance para nos ajudar a obter os melhores resultados o mais rapidamente possível", garantiu.