No final de uma última volta perfeita, o neerlandês ficou à frente do britânico Lando Norris e do australiano Oscar Piastri, vencedores dos dois primeiros GPs da temporada, para conquistar a primeira posição da grelha.
"Fizemos o nosso melhor para encontrar a melhor afinação ao longo do fim de semana. A última volta da qualificação foi realmente incrível! Vamos fazer tudo o que pudermos amanhã (domingo) para manter a liderança", explicou o piloto da Red Bull.
Verstappen garantiu a 41.ª pole da sua carreira, a primeira desde a que conseguiu na Áustria, no final de junho. Termina assim uma série de 15 falhas consecutivas na qualificação, a sua maior seca desde 2020.
"Não sei se esta pole position é a melhor da minha carreira, mas é tão inesperada que a torna realmente especial. Estava demasiado motivado, dei o meu melhor e diverti-me muito na última volta", disse, entusiasmado, na conferência de imprensa.
Mas embora o neerlandês possa ter ganho uma batalha no lendário circuito de Suzuka, está muito longe de ganhar a guerra contra os monolugares cor de papaia.
McLaren confiante
Dominantes desde o início do fim de semana, os pilotos da McLaren estavam, no entanto, sorridentes noeste sábado, depois de terem deixado escapar a pole position, por 12 e 44 milésimos de segundo, respetivamente.
"Estou satisfeito porque acho que tirei o máximo proveito do carro hoje (sábado). As diferenças são muito pequenas. Parabéns ao Max, ele fez um ótimo trabalho e fez uma volta incrível", admitiu Norris.
A razão para esta confiança é muito simples: Norris e Piastri sabem que têm o melhor carro à sua disposição e que continuam a ser os grandes favoritos para o Grande Prémio. O seu ritmo de corrida é muito superior ao dos seus rivais diretos, Red Bull, Ferrari e Mercedes. "Temos um carro muito bom, por isso estou confiante para a corrida", disse Piastri.
"Estamos felizes, segundo e terceiro ainda são boas posições de partida. Vamos tentar tirar o máximo partido do desempenho do carro, que tem sido sempre muito sólido nas corridas desta época", sublinhou Andrea Stella, o chefe de equipa.
O Ferrari do monegasco Charles Leclerc e, sobretudo, os Mercedes do britânico George Russell e do italiano Andrea Kimi Antonelli, que têm vindo a surpreender desde o início do ano, também vão tentar entrar na luta pelo pódio. Tetracampeão em título, Verstappen terá muito trabalho pela frente, tanto mais que não poderá contar com a ajuda do seu novo companheiro de equipa.
O fracasso de Tsunoda
Depois de um início prometedor ao volante do Red Bull durante os treinos livres, o piloto japonês Yuki Tsunoda, que substituiu o neozelandês Liam Lawson, forçado a abandonar após apenas duas corridas, não conseguiu qualificar-se. Perante o seu público entusiasta, o nipónico só vai começar o domingo na 14.ª posição... logo atrás de Lawson, de volta à Racing Bulls.
O companheiro de equipa do neozelandês, o estreante francês Isack Hadjar, ficou em sétimo lugar, logo à frente do seu ídolo, o sete vezes campeão do mundo britânico Lewis Hamilton (Ferrari).
O francês Pierre Gasly (Alpine) ficou de fora da Q3 por apenas 39 milésimos (11.º). No entanto, continua bem colocado para oferecer os primeiros pontos à sua equipa, a única que ainda não abriu a conta.
O terceiro francês, Esteban Ocon (Haas) só vai arrancar da 18.ª posição, duas semanas depois do seu inesperado quinto lugar na China.
A qualificação foi novamente prejudicada por um incêndio que provocou a interrupção da Q2. A segunda e a terceira sessões de treinos livres tinham sido interrompidas duas vezes cada uma devido a manchas de relva incendiadas no lado da pista.
No entanto, a chuva prevista para a manhã de domingo deverá garantir que este incidente não se repita durante a corrida, cujo início está previsto para as 14:00 locais (06:00 em Portugal Continental).