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Fórmula 1: Ferrari tem de recuperar perante os seus tifosi em Emília-Romagna

A garagem de Charles Leclerc em Imola na quinta-feira
A garagem de Charles Leclerc em Imola na quinta-feiraJAVIER JIMENEZ/DPPI via AFP
Relegada para um dececionante quarto lugar no campeonato de construtores, a Ferrari tem de recuperar este fim de semana em Emilia-Romagna, palco da sétima ronda de uma temporada de Fórmula 1 dominada pela McLaren e pelo líder do campeonato de pilotos, Oscar Piastri.

Para a estreia do piloto estrela Lewis Hamilton de vermelho perante uma hora de tifosi, a equipa mais bem sucedida da F1 deverá chegar a Itália com um SF-25 melhorado para garantir que não fica atrás do pelotão da frente. Após seis rondas num total de 24 nesta temporada, a atual vice-campeã Ferrari tem apenas um pódio (com Charles Leclerc, 3.º na Arábia Saudita) e já está 152 pontos atrás da McLaren.

Na pista Enzo e Dino Ferrari, em Imola, a menos de 100 km da sede histórica em Maranello, mais uma má prestação da Scuderia seria um mau presságio para o resto da época.

Na ronda anterior, em Miami, no início de maio, a lendária equipa do Cavalo Empinado não brilhou: o monegasco Charles Leclerc terminou 7.º à frente de Hamilton 8.º, no final de um GP marcado por tensões que o chefe d equipa da Scuderia, Frédéric Vasseur, rapidamente tentou desanuviar.

Durante a corrida, o sete vezes campeão do mundo britânico criticou notoriamente a estratégia da Ferrari nas comunicações via rádio.

Antonelli, futuro profeta no seu próprio país?

Para o regresso do paddock à Europa, a maioria das equipas é esperada em Imola com uma série de melhorias nos monolugares, seguindo o exemplo da Mercedes, segunda na classificação geral de construtores.

"A diferença para a McLaren ainda é muito grande (...), mas vamos fazer algumas atualizações no carro, o que nos vai ajudar", disse o piloto italiano Andrea Kimi Antonelli na quinta-feira.

Será suficiente para conquistar a sua primeira vitória na F1? "Claro que gostaria de ganhar. Mas, mais realisticamente, o pódio já seria um sonho", respondeu o jovem de 18 anos, que nasceu a poucos quilómetros do circuito.

Quanto à Red Bull, que está a ter dificuldades para igualar o ritmo infernal da McLaren, também deverá fazer "alguns ajustes" no seu RB21. Na véspera do 400.º fim de semana na F1, a equipa austríaca - terceira na geral - precisa de se recompor, tendo conseguido apenas uma vitória esta época, graças ao triunfo de Max Verstappen no Japão, no início de abril.

"Espero que vejamos um pouco mais de desempenho (...), mas não espero fechar de repente a diferença em relação à McLaren", apontou o tetracampeão, apenas terceiro no campeonato de pilotos.

De acordo com alguns meios de comunicação especializados, a Red Bull poderia também separar-se do seu chefe histórico, Christian Horner, após o GP da Emíiia-Romagna, devido à falta de resultados. No entanto, fontes próximas da Red Bull afirmaram ao Daily Mail que o emprego do inglês não está ameaçado nesta fase.

Reviravolta na Alpine

O circuito antiquado no meio dos prados, perto da cidade que lhe dá o nome, a pista de Imola é estreita, tornando as ultrapassagens mais difíceis.

"A qualificação é extremamente importante aqui", diz Pierre Gasly, que tenciona "lutar pelo top 10".

Este fim de semana, o francês da Alpine terá um novo companheiro de equipa, o argentino Franco Colapinto, no lugar do australiano Jack Doohan, dispensado pela equipa por falta de rendimento.

Outra mudança importante nas fileiras da equipa franco-inglesa é a nomeação de Dave Greenwood, diretor de corrida da Alpine, como representante da equipa após a saída de Oliver Oakes como chefe de equipa. Em termos práticos, o britânico representará a equipa "para fins administrativos", explicou na quinta-feira à noite.

O conselheiro executivo da Alpine, Flavio Briatore, continuará a desempenhar o papel anteriormente ocupado por Oakes. Anunciada no início de maio, a demissão surpresa do britânico foi "de natureza pessoal", segundo Briatore.

De acordo com o The Telegraph, a demissão está relacionada com a detenção no Reino Unido do seu irmão William Oakes, acusado de "transferência de ativos criminosos". Com apenas sete pontos conquistados, a Alpine está num distante 9.º lugar (em 10) na classificação dos construtores.