O primeiro grande momento da corrida, como era esperado, aconteceu logo na partida, naquela reta de 400 metros em que Piastri manteve sem dificuldades a pole e Verstappen ultrapassou Norris, que foi menos agressivo do lado sujo da grelha, pensando mais na liderança do Mundial. Sainz e Alonso tiraram grande partido da situação, ganhando ambos duas posições para se colocarem em quinto e sexto, respetivamente.
Decisão muito questionável
Tudo parecia encaminhar-se para uma corrida monótona até à primeira passagem pelas boxes, mas na sétima volta surgiu um safety car após um acidente entre Gasly e Hulkenberg que deixou o alemão fora de prova. Todos os pilotos, exceto os dois da McLaren, aproveitaram para trocar pneus e ganhar cerca de 10 segundos extra para o futuro.
Como consequência, Piastri e Norris, agora em segundo, tiveram de forçar ao máximo após o relançamento da corrida para abrir vantagem e tentar compensar os cerca de 25 segundos que perderiam em relação aos restantes na sua primeira paragem nas boxes. Um desgaste físico e técnico enorme, e um risco elevado assumido pelos engenheiros da equipa papaya.
Sainz, por sua vez, esteve atento e rápido para ultrapassar Antonelli nas boxes e subir ao quarto lugar após a saída do safety car. O madrileno começava então a sonhar com o pódio.
Corrida em modo sprint para a McLaren
A decisão da equipa campeã do mundo comprometeu a sua vitória quase certa... e o Mundial de pilotos. Quando fizeram a primeira paragem, regressaram à pista pouco à frente do comboio liderado por Fernando Alonso, que continuava em sexto na volta 25.
Sete voltas depois, todos os que tinham parado com o safety tiveram de voltar a trocar pneus e Piastri e Norris voltaram a liderar... mas ambos teriam de regressar ao pit lane, pelo que tiveram de arriscar tudo em pista como se fosse uma corrida sprint. Uma pressão enorme que quase resultou em acidentes para ambos. Verstappen e Sainz seguiam-nos na luta pela vitória e pelo pódio, respetivamente.
Alonso desliza, McLaren compromete
Entretanto, Fernando Alonso cometeu um erro, rodou e caiu para a oitava posição. Foi precisamente na volta 43 (de 57) em que Piastri efetuou a segunda troca de pneus. Regressou à pista a 17 segundos de Verstappen, com 14 voltas ainda por disputar.
Norris parou na volta seguinte e saiu atrás de Carlos Sainz e Antonelli, em quinto lugar. O britânico já sabia que não só não sairia campeão, como ainda veria a sua vantagem no Mundial reduzida antes da última corrida. Pelo menos, esperava ultrapassar o espanhol e o italiano. Mas só conseguiu fazê-lo com Kimi na última volta, para felicidade de um Sainz que segurou o lugar no pódio.
Lá na frente, também Piastri não conseguiu aproximar-se de Max Verstappen, que deu uma verdadeira lição de condução e chegará ao último Grande Prémio com hipóteses de conquistar o Mundial, colocando toda a pressão sobre uma McLaren que volta a mostrar falta de fiabilidade nos momentos decisivos.
