O vencedor do ano passado, Charles Leclerc - que finalmente ganhou em casa -, não pode ser excluído, mesmo com os atuais problemas da Ferrari nas qualificações, e a Mercedes também não, mas a McLaren já ganhou15 vezes no Mónaco - um recorde - e o circuito lento e sinuoso parece ser adequado ao seu carro.
A questão é saber se Oscar Piastri vai aumentar a vantagem de 13 pontos nas ruas metálicas do principado, ou se o seu colega de equipa Lando Norris pode reduzir a vantagem do australiano na glamorosa oitava ronda da temporada de 24 corridas.
Piastri foi segundo no ano passado, quando Leclerc se tornou o primeiro monegasco a vencer no Mónaco na era do campeonato, enquanto Norris foi quarto e apareceu apenas uma vez no pódio, com um terceiro lugar em 2021.
"É um circuito que gosto. O ano passado foi um fim de semana muito bom para mim, por isso espero que possamos fazer melhor este ano. Obviamente, será uma corrida de duas paragens. Por isso, vamos ver. Mas estou confiante de que seremos rápidos", disse Piastri depois do triunfo de Verstappen, que impediu a sua quarta vitória consecutiva.
O Mónaco pode provocar surpresas, e o carro mais rápido nem sempre vence numa pista onde as ultrapassagens têm sido quase impossíveis, e uma segunda paragem obrigatória foi agora adicionada para tentar agitar. O bicampeão Verstappen, sexto no ano passado, não quis falar das perspetivas depoi do primeiro de três fins de semana de corrida sucessivos.
"O ano passado foi muito difícil para nós. Não espero que seja muito mais fácil desta vez porque... há muita velocidade baixa, mas veremos", disse ele.
O diretor da Red Bull, Christian Horner, mostrou-se mais esperançado.
"Penso que estamos a ganhar algum ímpeto, o que é importante nesta fase do campeonato", disse aos jornalistas.
A Ferrari apareceu apenas uma vez no pódio esta temporada, o terceiro lugar de Leclerc na Arábia Saudita, e Imola evidenciou a falta de ritmo da equipa numa só volta. No sábado, os italianos não conseguiram colocar nenhum carro na última fase de qualificação.
"Esperamos que seja um fim de semana desafiante. É um circuito que vai expor as fraquezas do nosso carro. É muito específico e temos de gerir o carro de forma diferente do que em qualquer outro lugar, por isso espero que capitalizemos e que consigamos o melhor resultado possível", disse Leclerc, que não arrancou além do terceiro lugar em sete corridas - ainda melhor do que o seu companheiro de equipa Lewis Hamilton, sete vezes campeão do mundo.
A Mercedes também teve um momento miserável em Imola, mas a forma de qualificação de George Russell pode dar-lhe uma hipótese de pódio.
"Temos sido bons e consistentes na qualificação esta época, com voltas individuais fortes e isso vai ajudar. O Mónaco é uma daquelas corridas em que muito depende do sábado e estou confiante no nosso desempenho", disse o inglês.
O seu companheiro de equipa e estreante Kimi Antonelli será um dos seis pilotos que enfrentarão o desafio do Mónaco pela primeira vez num carro de Fórmula 1, embora todos estejam totalmente familiarizados com o traçado das séries juniores.