Norris vai para o Grande Prémio do Bahrain deste fim de semana com um ponto de vantagem sobre Max Verstappen, da Red Bull, vencedor no Japão no fim de semana passado, após três jornadas.
A McLaren terminou o reinado da Red Bull como campeã mundial na época passada, embora Verstappen tenha conquistado o seu quarto título consecutivo de pilotos, e tem-se falado muito sobre a origem da sua velocidade.
O chefe da Red Bull, Christian Horner, apontou a próxima diretiva técnica (TD), que restringe a flexão da asa dianteira, como uma potencial mudança de jogo a partir da nona corrida, mas Norris rejeitou isso.
"Estamos todos dentro das regras. Estamos a fazer um bom trabalho. A Red Bull teve muito tempo para fazer o mesmo que nós e não o fez", disse aos jornalistas britânicos.
"É mais que eles deveriam fazer um trabalho melhor e não reclamar das coisas", acrescentou o britânico, que foi vice-campeão com Verstappen no ano passado: "Respeitamos a FIA a fazer o que está a fazer e estamos felizes por continuarem a tentar corrigir as coisas porque não queremos ninguém fora dessas regras, mas as últimas não nos afectaram. Não sei se as novas afectarão ou não, mas há muitas coisas que a Red Bull faz que também ultrapassam os limites. Por isso, também podemos jogar esse jogo, mas... concentramo-nos em nós próprios em vez de nos queixarmos dos outros."
Norris disse que as pessoas que julgam a partir de vídeos online são "um pouco sem noção".
"Como é que eles sabem que é a asa traseira que está a fletir?" , perguntou: "Não sabem, pode ser o carro todo. Por isso, as pessoas podem inventar o que quiserem, mas na verdade não fazem a mínima ideia."
Norris terminou em segundo lugar nas duas últimas corridas, depois de vencer a primeira na Austrália. No Japão, ele tentou passar Verstappen na relva na saída do pitlane numa manobra que acabou por falhar.
A McLaren também foi criticada por não ter sido suficientemente agressiva na estratégia, com dois carros contra um da Red Bull - o novo companheiro de equipa de Verstappen, Yuki Tsunoda, estava tão longe do ritmo como o antecessor Liam Lawson.
Norris disse que foi um equilíbrio em termos de quando atacar e quando se conter. Em retrospetiva, ele poderia ter querido fazer as coisas de forma diferente, mas o resultado poderia ter sido o mesmo.
"Por vezes, num carro, queremos ser mais agressivos e a equipa tenta acalmar-nos, outras vezes a equipa está mais segura e queremos ser mais agressivos", afirmou: "No último fim de semana, talvez eu gostasse de ter sido um pouco mais agressivo. Podia ter passado, podia não ter passado. Podia ter perdido mais tempo e ter sido cortado. Nada é garantido e, por vezes, há razões para fazermos o que fazemos."