O país dos Grandes Lagos está a desenvolver ativamente os seus planos para acolher um Grande Prémio de F1, com o objetivo de trazer o desporto de volta a África pela primeira vez desde 1993.
A última corrida do Campeonato do Mundo a realizar-se no continente teve lugar nesse ano na África do Sul, no circuito de Kyalami. Esta é a última etapa de uma estratégia mais vasta que visa utilizar o desporto para desenvolver o turismo e a exposição global.
"Tenho o prazer de anunciar oficialmente que o Ruanda está a concorrer para trazer a emoção do automobilismo de volta a África, acolhendo um Grande Prémio de Fórmula 1", disse Kagame na abertura da Assembleia Geral da FIA em Kigali.
O líder ruandês saudou a realização deste congresso anual da FIA no continente como um "passo importante". "O objetivo da indústria do desporto automóvel é estabelecer uma ligação direta com os fãs e os aspirantes a pilotos em África", afirmou.
Os opositores de Kagame acusam a sua administração de sportswashing, ou seja, de utilizar eventos internacionais de grande visibilidade para melhorar a sua reputação, encobrindo simultaneamente graves violações dos direitos humanos, amordaçando a liberdade de expressão e restringindo as liberdades.
Em agosto, os chefes da Fórmula 1 confirmaram a existência de conversações com o Ruanda sobre a organização de um Grande Prémio, tendo o diretor executivo Stefano Domenicali sublinhado que o país era uma opção "séria".
As autoridades sul-africanas também indicaram recentemente que gostariam de voltar a acolher a categoria rainha do desporto automóvel em Kyalami, mas o circuito perto de Joanesburgo já não está em condições e precisa de ser melhorado primeiro.