O tetracampeão do mundo triunfou na sua estreia na Red Bull, ainda adolescente, no Circuito da Catalunha, no Grande Prémio de Espanha de 2016, e espera que outra vitória, a sua quinta em Espanha, o coloque no centro da corrida pelo título. O neerlandês de 27 anos está a 25 pontos do líder do campeonato, Oscar Piastri, e a 22 do seu companheiro de equipa na McLaren, Lando Norris, que os seus rivais acreditam que poderá ser prejudicado pela introdução de testes rigorosos de flexibilidade da asa dianteira.
"É uma mudança significativa", disse o chefe da Red Bull, Christian Horner, sobre a exigência de asas dianteiras muito mais rígidas: "Haverá algum efeito e, claro, as equipas anteciparam-no, por isso pode muito bem ser neutro. Ou pode afetar a degradação dos pneus. Não torna a vida mais fácil"
O excelente carro aerodinâmico da McLaren, concebido para permitir aos seus pilotos gerir o desgaste dos pneus e obter tempos rápidos, pode ser mais afetado pelo endurecimento da regra do que outros.
"Mas não sabemos como isso os afectará", acrescentou Horner. A Fórmula 1 anunciou a restrição das chamadas "asas flexíveis" em janeiro.
A mudança deixou as equipas com tempo para se prepararem e pode ter um efeito dramático no desempenho e no resultado da temporada.
"A 16 corridas do fim, há um longo caminho a percorrer", disse o chefe de equipa da Mercedes, Toto Wolff: "A equipa está a esforçar-se para encontrar o desempenho e a diretiva técnica actualizada da asa dianteira deste fim de semana irá proporcionar outro nível de intriga."
Depois de um fim de semana desanimador e sem sentido em Monte Carlo, Wolff espera uma reviravolta dos seus pilotos "flechas de prata" George Russell e Kimi Antonelli.
Fred Vasseur, da Ferrari, disse: "Isto pode ser um divisor de águas para todos porque não sabemos o impacto em cada equipa."
A McLaren ganhou seis das oito corridas deste ano e tem 172 pontos de vantagem sobre a Mercedes na corrida pelo título de equipas, mas sabe que a pista espanhola "mista", onde há tantas curvas lentas como rápidas, pode ser um desafio para o seu carro.
Mas depois de fortes resultados em todos os lugares nesta temporada, exceto nas pistas de alta velocidade de Suzuka e Imola, onde Verstappen venceu pela Red Bull, eles estarão sob escrutínio e pressão.
Tal como a Ferrari, depois de um início de época inconsistente e, na sua maioria, dececionante, com o sete vezes campeão Lewis Hamilton a continuar a procurar a sua primeira vitória com a equipa num local onde venceu seis vezes - um recorde que partilha com Michael Schumacher.
Dois pilotos espanhóis vão participar neste fim de semana: Fernando Alonso, da Aston Martin, que fará a sua 410ª corrida aos 43 anos, e Carlos Sainz, 30 anos, da Williams, que fará a sua 215.ª corrida. A presença tem mantido a popularidade moderna e relativamente recente do desporto e o crescimento de grandes multidões nos Grandes Prémios de Espanha.
Além disso, Sainz, nascido em Madrid, é embaixador de uma futura corrida perto da capital, a partir de 2027, enquanto Alonso cumpre um papel semelhante para a pista catalã, que fica sem contrato no próximo ano - um conflito que lhes permite refletir a rivalidade desportiva mais clássica e duradoura de Espanha.