O sete vezes campeão e o companheiro de equipa George Russell ficaram em sétimo e sexto, respetivamente, mas a mais de quatro décimos de segundo do ritmo estabelecido pelo homem da pole, Max Verstappen, no seu Red Bull.
O atual duplo campeão do mundo e líder da série foi o mais rápido, dois décimos de segundo à frente de Lando Norris, da McLarens, e do estreante australiano Oscar Piastri, que foram segundo e terceiro.
"Não é um golpe", disse Hamilton, que venceu a corrida britânica por oito vezes.
"É apenas uma chamada de atenção para nós. Outros ultrapassaram-nos e nós precisamos de fazer mais", alertou.
Hamilton acrescentou que esperava que fosse uma corrida difícil para a Mercedes e antecipou que estava a lutar para bater as McLarens.
"Claro que vou tentar ser otimista e vamos fazer o nosso melhor, mas realisticamente, não tenho a certeza. Vamos descobrir. Foi difícil passar por dois Ferraris - e depois temos dois McLarens lá fora. Vai ser uma corrida difícil", explicou.
Hamilton também sugeriu que grande parte da grande melhoria de desempenho da McLaren, fortemente atualizada, deveu-se à produção de peças aerodinâmicas muito semelhantes às dos carros da Red Bull.
"Se olharmos para o carro, faz sentido. Estou muito feliz por eles. Tiveram dificuldades por tanto tempo, então estar de volta lá acima é realmente ótimo de se ver", confessou Lewis Hamilton.
O piloto britânico, recorde-se, começou sua carreira na Fórmula 1 com a McLaren e ganhou o seu primeiro título com eles em 2008.
"Se o colocares ao lado de um Red Bull, parece muito semelhante nas laterais e está a funcionar. É ótimo. Agora temos outra equipa na luta, que é o que queremos ver neste desporto", acrescentou.
Russell disse que os dados da equipa mostraram uma grande diferença para a Mercedes entre as suas performances previstas na qualificação e na corrida de domingo.
O piloto disse que a Mercedes previu que se qualificaria em 17.º e 18.º, mas mostrou o ritmo para ser o terceiro e quarto mais rápido na corrida, em corridas longas, durante a segunda sessão de treinos livres.
"Os nossos números sugerem que fomos 17.º e 18.º na qualificação de ontem. E terceiro e quarto na classificação da corrida no FP2. Portanto, é evidente que fizemos algumas melhorias", explicou.
"Fiquei muito triste ao ver que estávamos a apenas meio décimo do P3, o que teria sido incrível, mas a minha volta foi ótima", acrescentou, Russell, deixando, também ele, elogios à McLaren.
"Parabéns a eles. Vieram do nada e são a grande incógnita para amanhã... então vamos ver", disse.