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Muitas vezes bem classificado, poucas vezes vencedor: Cinco coisas a saber de Liam Lawson

Lawson em Abu Dhabi
Lawson em Abu DhabiMARK THOMPSON/Getty Images via AFP
Liam Lawson, futuro companheiro de equipa do tetracampeão mundial de F1 Max Verstappen na Red Bull, cresceu na terra do jogador de râguebi Jonah Lomu, conquistou lugares de honra e tem uma grande capacidade de adaptação.

Na terra de Lomu

Nascido em Hastings, a maior cidade da costa este da Ilha do Norte da Nova Zelândia, Lawson, de 22 anos, cresceu em Pukekohe, 50 km a sul de Auckland. Essa cidade é famosa por ser o local onde um dos maiores jogadores de râguebi da história, o neozelandês Jonah Lomu, passou a infância.

Nem muito alto (1,74m) nem muito forte, o novo piloto da Red Bull nunca considerou a ideia de seguir os passos do ilustre All Black. Em vez disso, começou a carreira no circuito de karting de Mount Wellington, nos arredores de Auckland, a capital económica do país.

Raramente vencedor entre os jovens

Lawson tem dois títulos de monolugares, conquistados no início da carreira. Venceu a Fórmula Ford Nova Zelândia em 2016-2017 e a Toyota Racing Series em 2019, uma competição também ganha pelos homólogos na F1, Lance Stroll (2015) e Lando Norris (2016).

No entanto, o neozelandês coleccionou sobretudo lugares de honra e não brilhou na Fórmula 3 e na Fórmula 2, apesar de alguns triunfos em Grandes Prémios. Depois de um 11.º e um 5.º lugar na F3 em 2019 e 2020, o neozelandês terminou 9.º e depois 3.º na F2, em 2021 e 2022. Exilado no Japão na Super Fórmula no início de 2023, terminou em segundo lugar no campeonato com três vitórias em nove corridas.

Rei da adaptação

Lawson é considerado por aqueles que trabalharam com ele como o rei da adaptação, graças à sua capacidade de dominar carros muito rapidamente. O neozelandês participou em numerosos campeonatos e tem a particularidade de ganhar frequentemente a primeira corrida em que participa em cada fórmula.

Foi o caso da Fórmula First (Nova Zelândia), da Fórmula Ford, da F4 australiana, da F3 asiática, da Toyota Racing Series, da Euroformula Open, mas sobretudo da Fórmula 2 e da Super Fórmula japonesa. Na F1, marcou os primeiros pontos na terceira corrida, apesar do fraco desempenho dos AlphaTauri.

Aguentou bem Tsunoda

O neozelandês entrou nos pontos três vezes nos 11 GP's que disputou, as três em nono lugar, na Singapura (2023), nos Estados Unidos (2024) e no dilúvio do Brasil (2024).

Nos seus primeiros cinco GPs em 2023, quando substituiu o australiano Daniel Ricciardo a curto prazo devido a uma lesão na mão, Lawson levou a melhor quatro vezes sobre o muito mais experiente companheiro de equipa japonês Yuki Tsunoda.

Esta época, quando Ricciardo foi afastado pela equioa e Lawson recuperou o lugar nas últimas seis rondas do ano, fez melhor do que o piloto japonês nas duas primeiras corridas, mas terminou com uma série de quatro derrotas consecutivas.

No entanto, isso não impediu a Red Bull de o promover ao lado de Verstappen, com a equipa austríaca a preferir a sobriedade de Lawson ao carácter impetuoso de Tsunoda, muitas vezes autor de piadas verbais no rádio.