Passagem pela Williams e última corrida
Colapinto já correu na Fórmula 1 durante a temporada de 2024 com a Williams, pela qual disputou nove Grandes Prémios e somou pontos no Azerbaijão e em Austin, tornando-se uma das revelações do campeonato. A sua última corrida foi o GP de Abu Dhabi, a 8 de dezembro de 2024, quando um toque de Oscar Piastri o fez abandonar prematuramente.
Agora, com 21 anos e mais experiente, regressa à F1 numa equipa mais competitiva e acompanhado por Pierre Gasly, que será o seu companheiro na Alpine.
Imola: um circuito especial para Franco Colapinto
O Autódromo Enzo e Dino Ferrari em Imola não é um lugar qualquer para Colapinto. Conquistou lá duas vitórias durante os seus anos de formação na Fórmula 3 e na Fórmula Regional Europeia, pelo que conhece todos os cantos desta pista icónica. A sua estreia em 2025 será, sem dúvida, num terreno familiar e favorável.
O contexto da mudança e o apoio de Briatore
O lugar de Colapinto não surgiu por mérito alheio. A Alpine tomou a decisão depois de analisar o fraco desempenho de Jack Doohan, que acumulou multas, penalizações e até acidentes nas primeiras corridas. Em Miami, por exemplo, colidiu com Liam Lawson e teve que se retirar na primeira volta.
A decisão foi também marcada por tensões internas na equipa. Flavio Briatore, que apadrinha a carreira de Colapinto, terá feito pressão para que o argentino fosse promovido. A demissão de Oliver Oakes, antigo diretor da Alpine e apoiante de Doohan, abriu a porta ao argentino.
"Depois de analisar as primeiras corridas da temporada, decidimos alinhar Franco ao lado de Pierre para as próximas cinco corridas", explicou Briatore, que acrescentou que "a temporada de 2026 será fundamental e precisamos de avaliar todas as opções".
Colapinto, pronto: "Foi uma longa espera"
O natural de Pilar mostrou-se entusiasmado com a oportunidade:"Foi uma longa espera. Estou contente. Estamos de volta. Vou dar o meu melhor para me adaptar rapidamente e obter os melhores resultados com o Pierre".
A sua preparação incluiu testes privados, trabalho em simulador e um papel ativo como piloto de desenvolvimento. A Alpine sublinhou o seu desempenho nos testes contra outros pilotos de reserva, como Paul Aron e Kush Maini.
Com este regresso, Franco Colapinto consolida a sua posição como o piloto argentino com maior projeção internacional dos últimos anos, reavivando a paixão do país pela Fórmula 1. A sua capacidade técnica, disciplina e talento já deixaram a sua marca, e agora tem nas suas mãos a possibilidade de escrever um novo capítulo na história do desporto automóvel do país sul-americano.