O australiano, que lidera o campeonato de Fórmula 1 pela dominante McLaren, recebeu a alcunha depois de ter conquistado a pole position com uma volta poderosa no calor da qualificação para o Grande Prémio de Espanha de domingo.
Um repórter sugeriu que Piastri poderia ser o descendente do finlandês "Iceman" Kimi Raikkonen, o campeão mundial de 2007 pela Ferrari, tal era a sua atitude indiferente.
"Não tenho a certeza se quero ser chamado de 'Ice Boy (rapaz de gelo)'", respondeu o australiano, provocando uma gargalhada nos outros presentes na sala.
"Acho que as emoções são diferentes a cada vez. Certamente, houve qualificações e corridas em que não foi indiferente e houve muita emoção por trás delas".
"Mas depois há outras em que vamos para a pista e sabemos que, se fizermos um trabalho suficientemente bom, podemos alcançar o resultado que queremos. Não me interpretem mal, é incrivelmente satisfatório, mas acho que não sou uma pessoa particularmente emotiva. É assim que eu sou, de facto", explicou.
Piastri acrescentou que podia ter os seus momentos de emoção, mas também sabia que o sábado era apenas uma parte do trabalho feito e que a verdadeira celebração podia esperar até depois da corrida de domingo.
O piloto de 24 anos, nascido em Melbourne e formado em Inglaterra, venceu quatro das oito corridas desta época e no sábado fez a sua quarta pole da temporada.
Tem três pontos de vantagem sobre o colega de equipa Lando Norris, que venceu no Mónaco no domingo passado para reduzir a diferença, mas não mostrou sinais de sentir a pressão.
"É bom ter começado na pole, mas não é o fim do fim de semana. Os pontos são amanhã (domingo). Depois, depende um pouco da corrida", disse Piastri.
"Se tivermos lutado com alguém durante toda a corrida e depois ganharmos, então sim, estamos muito entusiasmados. Mas se tiveres uma pequena diferença, sabes que, a algumas voltas do fim, as coisas vão correr a teu favor e, então, não te entusiasmas tanto", reforçou.