A Fórmula 1 sempre previu 12 equipas nos regulamentos, mas houve uma forte oposição da Liberty Media, detentora dos direitos comerciais, e das equipas existentes para ir além das 10, antes de se chegar a um acordo.
"Porque não?", disse Ben Sulayem durante o Grande Prémio do Catar, no domingo, quando lhe perguntaram se gostaria que o último lugar fosse preenchido.
"Trata-se de fazer o que é correto. Então, porque é que temos uma opção para 12 equipas se vamos dizer não, não, não? Para mim, é muito claro que a 11.ª equipa é vantajosa para todos", defendeu.
A Cadillac anunciou um acordo de princípio com a Fórmula 1 na semana passada, enquanto a General Motors registou-se na FIA como fabricante de unidades de potência para se tornar uma equipa completa até ao final da década.
Em janeiro, a Fórmula 1 afirmou que duvidava que a proposta, originalmente apresentada pela Andretti, fosse competitiva ou acrescentasse valor, mas cedeu depois de a abordagem original ter sido reposicionada como uma abordagem liderada pelo construtor e de Michael Andretti ter abandonado o cargo.
Uma investigação do Comité Judicial da Câmara dos Representantes dos EUA sobre um possível "comportamento anticoncorrencial" alterou o cenário.
Ben Sulayem saudou o acordo como sendo muito importante para o desporto e disse que tinha sido "enviado para o inferno" e regressado depois de a FIA ter aprovado a proposta de Andretti, no ano passado, e a ter enviado para a Fórmula 1 para avaliação.
Investigação nos EUA
Ben Sulayem afirmou que a investigação dos EUA sobre o desporto afetou o resultado.
"Tive uma reunião com eles e fui interrogado. Não tenho nada a esconder. Sou um presidente eleito, sabe? Sou um presidente eleito com base na governação, na democracia e na transparência. Por isso, fizemos o que a FIA fez. E estou orgulhoso do que a equipa fez", afirmou.
Ben Sulayem afirmou que a candidatura sempre teve a ver com qualidade e não com números, com a General Motors a juntar-se como fabricante e não a Andretti. O diretor executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, concordou.
"Ele disse: 'Precisamos de um OEM, não apenas de mais uma equipa'", disse o Emirado.
"Então eles desapareceram por alguns meses e voltaram com um OEM", explicou.
Ben Sulayem disse que a Fórmula 1 levantou a questão da unidade de potência: "Então eles propuseram uma unidade de potência. Responderam a todas as perguntas. E nós só podíamos dizer não".
A Andretti foi a única candidata enviada para discussões comerciais com a Fórmula 1 entre as quatro que passaram a segunda fase do processo no ano passado.
Entre as candidaturas que não foram bem sucedidas estavam a Rodin Cars, sediada na Nova Zelândia, que se tinha comprometido a reservar um lugar para uma piloto feminina, e a equipa Hitech, apoiada pelo bilionário cazaque Vladimir Kim.
O chefe da Hitech, Oliver Oakes, é agora diretor da equipa Alpine F1, propriedade da Renault.
