Uma semana depois da cerimónia de apresentação organizada em Londres, o ambiente não será festivo no paddock do circuito de Sakhir, onde as escuderias colocarão as cartas na mesa, a duas semanas do Grande Prémio da Austrália, o primeiro dos 24 programados para a temporada.
Os modelos de todos os carros já foram revelados, mas estes três dias de treinos darão pistas quanto ao rendimento das escuderias para uma temporada que se anuncia muito equilibrada.
"Acho que vai ser uma continuação do ano passado, com quatro equipas (McLaren, Ferrari, Red Bull e Mercedes) com hipóteses de ganhar corridas, de ganhar o campeonato, e será um bom embate", prevê Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari.
Último ano do regulamento
Neste último ano do ciclo do regulamento atual, antes da grande reforma de 2026, que modificará enormemente os motores e chassis, o equilíbrio que marcou o final da temporada 2024 deve manter-se.

Os carros serão uma continuação dos da temporada passada e, mesmo que as equipas se tenham apressado para aprimorá-los, os olhares já estão voltados para 2026. Por isso, é de se esperar que as melhorias não se estendam por muito tempo, para priorizar o projeto da próxima temporada.
Hamilton aposta na Ferrari
Embora seja recomendável ter prudência e não tirar conclusões precipitadas, os testes de pré-temporada permitiram constatar a superioridade da Red Bull no ano passado.
Mas antes de falar de tempos a serem batidos, o circuito de Sakhir será palco de um momento esperado há um ano: as primeiras voltas oficiais do britânico Lewis Hamilton ao volante de um Ferrari, depois de 12 temporadas na Mercedes.
Regresso de um brasileiro
Os testes também marcarão a estreia de Gabriel Bortoleto (Sauber), o primeiro brasileiro na F1 desde Felipe Massa, que se despediu da categoria em 2017. O piloto brasileiro deve encontrar dificuldades, já que fará a estreia na pior equipa do grid em 2024.

Além de Bortoleto, o italiano Kimi Antonelli (Mercedes) e o francês Isack Hadjar (Racing Bulls) ainda não disputaram nenhuma corrida e terão de absorver o máximo de informação possível esta semana.
Número de voltas vale mais do que os tempos
Com a dura limitação de testes na Fórmula 1 e apenas três dias de pré-temporada, perder qualquer tempo de pista é algo grave. Portanto, quando as equipas colocam o carro no circuito e permanecem nele sem problemas, já é um ótimo sinal. O contrário também é verdadeiro.

À medida que o carro se mostra confiável, as equipaes partem para testes aerodinâmicos, diferentes acertos e simulações de corrida. Quem percorrer esse caminho com mais naturalidade dá melhores sinais que os adversários.
Onde assistir à pré-temporada da F1?
A DAZN realiza a transmissão da pré-temporada da F1 em Portugal. A F1 TV Pro, streaming oficial da Fórmula 1, passará 100% das atividades no Bahrein.