Max Verstappen sorriu dolorosamente. Claro que o campeão do mundo tinha ouvido as vaias dos adeptos e, depois, Jack Whitehall, o anfitrião do pomposo espetáculo de apresentação, também provocou: "Anima-te Max, podia ter sido pior, não te pusemos ao lado do George Russell".
Para os aplausos dos 15.000 fãs em Londres, estava dado o mote para a noite.
Enquanto os espectadores aplaudiam euforicamente os seus rivais britânicos Lewis Hamilton (Ferrari), Lando Norris (McLaren) e Russell (Mercedes), Verstappen também foi vaiado em parte mais tarde, na apresentação de seu novo Red Bull para a próxima temporada.
Por mais irritante que tenha sido o desempenho no caldeirão para Verstappen, a sua fome por um quinto título consecutivo agora deve ser ainda maior.
Se a sua equipa não se esqueceu de nada, "tenho a certeza de que podemos ganhar o título novamente", disse Verstappen antes do espetáculo de glamour, no qual as dez equipas de Fórmula 1 apresentaram pela primeira vez ao mundo os seus novos carros para a temporada, que começa a 16 de março, na Austrália.
E todos os especialistas partem do princípio de que a rivalidade entre Verstappen, Hamilton, Norris e Russell também vai caraterizar este ano.
Hamilton com novo ímpeto
Será que Hamilton, que travou um duelo épico com Verstappen em 2021, pode voltar à sua antiga força depois de mudar para a Ferrari? Será que o vice-campeão Norris vai tirar a coroa de Verstappen este ano? Poderá Russell, que teve uma disputa verbal com o neerlandês no final da pré-época, assumir a liderança na batalha?
"É bom para o desporto quando é emocionante, mas de momento não sei", disse o campeão em título, que se mostrou muito descontraído.
"Ainda não conduzi o meu carro, ninguém viu os outros carros, por isso podemos especular, mas é um desperdício de energia pensar nisso agora", explicou.
Os concorrentes mostraram-se mais agressivos antes dos testes da próxima semana no deserto do Bahrein.
"Depois do ano passado, não há mais desculpas para nós", disse Norris, que venceu o campeonato de construtores com a McLaren - mas agora está a procurar os dois títulos: "Acho que não temos nada a esconder este ano".
E Hamilton está a transbordar de confiança no seu fato de treino vermelho: "Sinto-me cheio de vida e energia porque tudo é novo."
Mas Verstappen não está muito preocupado com as vaias na toca dos leões em Londres, e também está apenas marginalmente interessado nas palavras de combate da concorrência.
"Acho que somos uma equipa muito forte", disse e sorriu: "Vamos ver".