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MotoGP: Márquez chega a terreno hostil em busca do primeiro match point pelo título

Marc Márquez, no pódio com o seu irmão e Enea Bastianini
Marc Márquez, no pódio com o seu irmão e Enea BastianiniFoto por LLUIS GENE / AFP
No circuito de Misano, a apenas quarenta quilómetros do local de nascimento do seu arquirrival Valentino Rossi, Marc Márquez vai procurar os pontos suficientes para já poder aspirar ao título na próxima jornada, no Japão, no final de setembro.

A vitória do seu irmão Álex, no fim de semana passado, na Catalunha, impediu Marc de conquistar o seu sétimo título de MotoGP em Misano, em que teria igualado os nove títulos mundiais de Rossi (juntando os de 125 cc e Moto2).

"Tentei ter match point aqui porque já disse que não me importa onde e quando (ser campeão), mas tento que seja o mais cedo possível. Mas houve um piloto que foi mais rápido do que nós na Catalunha", declarou Márquez, em Misano, ao ser questionado sobre a vitória de Álex no domingo passado.

Mas com 182 pontos de vantagem sobre Álex Márquez e 250 sobre Francesco Bagnaia, que tem a mesma moto que o catalão de 32 anos, e com sete Grandes Prémios ainda por disputar, o título para o mais velho dos Márquez é uma questão de tempo.

Basta um sétimo lugar na corrida sprint de sábado, desde que seja vencida por Álex, para que Marc tenha o direito de aspirar ao título em Motegi (26-28 de setembro).

"O pódio (em cada corrida) é a minha prioridade número um daqui até ao final da temporada", declarou Márquez, que tem motivações suficientes para lutar pela vitória em Misano: a Ducati corre em casa, o 93 já soma cinco vitórias neste traçado e terá pela frente toda a armada de pilotos italianos que querem triunfar no seu país.

Luta pelo vice-campeonato

"Este circuito é como o meu parque", declarou na antevisão Francesco Bagnaia, vencedor neste traçado em 2022.

O piloto italiano, além disso, quer esquecer o mais rapidamente possível o desastroso fim de semana vivido em Montmeló, onde ficou na 21.ª posição na grelha de partida (a pior desde abril de 2022 em Portugal), embora no domingo tenha conseguido recuperar até terminar em sétimo no Grande Prémio. E com 68 pontos de diferença entre Álex Márquez e Pecco Bagnaia, o vice-campeonato ainda está em aberto para ambos.

Com o objetivo de terminar pelo menos no pódio estarão os locais Enea Bastianini (terceiro no fim de semana passado), Fabio Di Giannantonio e Marco Bezzecchi, que em Montmeló tocaram-se e acabaram ambos no chão.

O atual campeão do mundo, o espanhol Jorge Martín (Aprilia), também tentará ser mais ambicioso após somar na Catalunha o primeiro ponto de uma temporada muito complicada, na qual uma dupla operação o impediu de competir durante a primeira parte do ano.

Adeus ao MotoE

Foi nesta mesma pista que Martín realizou o último teste com a sua Aprilia antes do regresso ao campeonato. À margem do Grande Prémio de Itália, a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e a Dorna Sports, empresa organizadora do campeonato, anunciaram na quinta-feira que o MotoE, o Mundial de motos elétricas, já não será disputado em 2026.

Esta categoria, que faz parte dos fins de semana de corridas juntamente com Moto3 e Moto2, além do MotoGP, não conseguiu "popularidade suficiente" durante as sete temporadas em que existiu.

"Não atingimos os nossos objetivos, nem a indústria associada às motos elétricas de alto desempenho", admitiu o vice-presidente da FIM, Jorge Viegas, no texto oficial.