O Grande Prémio da época passada foi o mais concorrido, com 298.000 espectadores durante o fim de semana, e o deste ano, no lendário circuito Bugatti de Le Mans, poderá ultrapassar a marca simbólica dos 300.000 espectadores pela primeira vez na sua história.
"Não é um fim em si mesmo. O número de 298.000 do ano passado é a soma de todas as pessoas que apareceram todos os dias. O objetivo não é bater um recorde, mas sim satisfazer os adeptos", explicou Michy.
Apesar das condições climatéricas muitas vezes caprichosas, o entusiasmo dos adeptos franceses é cada vez maior, o que não desagrada aos pilotos, nomeadamente aos franceses, que sublinham que a prova de Le Mans é realmente"muito especial".
"Le Mans tornou-se um evento especial que não pode ser perdido. Agora temos uma espécie de comunidade. As pessoas estão a tornar-se quase religiosas. É como o OM em Marselha", disse à AFP o antigo presidente do Clermont Foot (2005-2019).
Claude Michy e as suas equipas, que organizam esta época o 33.º GP de França de motociclismo, conseguiram fidelizar o público graças, nomeadamente, aos preços razoáveis e à organização de numerosos eventos paralelos à competição.
"As pessoas apreciam os esforços que fazemos para tornar este fim de semana um grande evento. Temos um preço muito razoável e um bilhete com tudo incluído, com acesso ao circuito, campismo e estacionamento (a partir de 114 euros para os três dias, nota do editor)", explica.
"O que atrai as pessoas é o espetáculo da corrida, o interesse da corrida. E depois há todo o pacote", sublinha o natural de Auvergne. Penso que as pessoas vêm para ver um espetáculo. Por isso, temos os espectáculos mecânicos, os concertos... tudo o que possa dar prazer às pessoas. É esse o nosso objetivo. Não é apenas uma corrida de motas".
O Grande Prémio de França de MotoGP em Le Mans ainda tem um futuro brilhante pela frente, uma vez que o contrato entre o circuito Bugatti e a Dorna (os organizadores do campeonato) foi prolongado no mês passado até 2031.