"Infelizmente, tive um forte acidente no início da volta 5. Quando estava a entrar na curva 2, outro piloto tentou ultrapassar-me, perdeu o controlo da sua mota e acabou a bater na traseira da minha, provocando um efeito dominó clássico, e atirou-me ao chão", começou por dizer Miguel Oliveira, através da equipa Prima Pramac Yamaha.
"Estou desiludido por não ter conseguido terminar a corrida. Embora marcar pontos nesta corrida sprint tivesse sido difícil, podíamos ter reunido dados valiosos para o Grande Prémio de amanhã. No entanto, estou mais aliviado porque, apesar de ter sido um acidente desagradável, não sofri ferimentos graves. Os exames médicos descartaram qualquer fratura, embora eu tenha um grande hematoma na área esterno clavicular e, no geral, todo o meu corpo está bastante dorido", acrescentou o piloto português.
Os comissários do GP da Argentina confirmaram uma penalização a Fermin Aldeguer, piloto espanhol de 19 anos da Gresini, responsabilizado-o pelo acidente que provocou o abandono do piloto português e o obrigou a ir ao hospital.
"Agora estou focado na recuperação com os fisioterapeutas e espero descansar um pouco. Amanhã de manhã, veremos como me sinto e, após outra avaliação médica, determinaremos se poderei correr", disse ainda Miguel Oliveira.
Fermin Aldeguer e Miguel Oliveira estavam a discutir o 14.º lugar na corrida sprint do GP da Argentina, este sábado, durante a quinta volta, de um total de 12, quando o espanhol de 19 anos atirou a sua Ducati para cima da Yamaha do piloto português.
Miguel Oliveira ficou fora da corrida, mas o espanhol ainda regressou e terminou em 19.º lugar. O piloto português acabou por ser encaminhado para o hospital para mais exames, chegou a suspeitar-se de clavícula partida ou lesão no esterno, mas não houve nenhuma fratura.