"O desafio mais difícil da minha carreira... já o ultrapassei: regressei de muitas lesões", Marc Márquez, líder do Campeonato do Mundo de MotoGP com a Ducati, fala sobre o seu regresso do pesadelo de dois anos de operações e problemas físicos.
Há mil dias sem competir devido a várias fracturas sofridas em acidentes, o oito vezes campeão do mundo (seis vezes em MotoGP) teve de se regenerar passando pela escuridão. "Há dois anos estava talvez no momento mais intenso da minha carreira, porque em 2020 o pesadelo tinha 'começado'", disse o piloto espanhol à BBC: "Não sabia o que seria (o futuro), mas tive de tomar algumas decisões difíceis, decisões arriscadas".
No final de 2023, o divórcio da Honda e a mudança para a Gresini Racing ("Abdiquei de um grande salário para provar a mim mesmo que ainda sabia como ser rápido"), na Ducati tem como objetivo igualar o recorde do Campeonato do Mundo de Valentino Rossi: "O primeiro objetivo era reconstruir a minha confiança", explicou o espanhol. "Fi-lo passo a passo. Hoje penso mais na segurança e tento calcular melhor os riscos."
Mesmo o facto de ter de enfrentar o seu irmão Alex até ao final do Campeonato do Mundo: "A minha mãe está a torcer por ele ", brinca Marc: "Ela diz sempre: 'Já tens o suficiente, deixa o teu irmão ganhar...'". Difícil de fazer, até porque ganhar significaria"igualar Valentino Rossi, e eu gosto disso".