O australiano começou a temporada em grande estilo, vencendo quatro das primeiras nove corridas. Após a quinta vitória na 15.ª jornada nos Países Baixos, Piastri liderava o seu colega de equipa na McLaren, Lando Norris, por uma vantagem de 34 pontos. No entanto, à entrada da 22.ª ronda em Nevada este fim de semana, Piastri está agora 24 pontos atrás de Norris.
"Fui especialmente forte na primeira metade da época. Mesmo que as coisas não estejam a correr tão bem agora, não acho que devesse ter feito algo diferente recentemente. Vão sempre existir obstáculos pelo caminho", afirmou.
Há um máximo de 83 pontos em disputa nas últimas três corridas e no sprint do último fim de semana no Catar.
Questionado se precisava de vencer todas, Piastri respondeu: "Isso ajudaria! Agora vai ser complicado tentar vencer, mas a mentalidade de ir para cada fim de semana e tirar o máximo proveito continua presente," acrescentou.
Os seus problemas começaram nas qualficações, obrigando-o a recuperar posições quando a corrida começa. Nas primeiras 15 corridas da época, Piastri conquistou cinco pole positions e largou da segunda posição em cinco ocasiões. Nas últimas seis, não conseguiu partir da primeira linha da grelha.
Na 16.ª ronda em Monza, Piastri foi relegado para a segunda linha pelo campeão em título Max Verstappen e por Norris. Na corrida, Piastri subiu ao segundo lugar devido a um erro da equipa da McLaren na troca de pneus do colega. A equipa pediu ao australiano para devolver a posição, o que ele fez. A diferença entre o segundo e o terceiro lugar resultou numa oscilação de seis pontos a favor de Norris.
Na corrida seguinte, em Baku, tudo correu mal para Piastri, que classificou os seus erros como "infantis". Despistou-se na qualificação, arrancou da nona posição, quase ficou parado no arranque, caiu para último e acabou por bater contra o muro. Isso pôs fim a uma sequência de 34 corridas consecutivas nos pontos.
Enquanto Piastri tem enfrentado dificuldades, o colega Norris tem estado em grande forma. Nas últimas três corridas, o britânico foi segundo nos Estados Unidos e venceu no Brasil e no México.
"Conversas difíceis"
Em Austin e no México, Piastri afirmou que "algo fundamental não estava a funcionar."
"Nas outras corridas foi uma combinação de vários fatores a correr mal. O que alguns podem apelidar de 'o mundo difícil do desporto motorizado'. Houve lições duras a aprender, momentos difíceis de aceitar, e nada mais do que isso", apontou.
A quebra de forma coincidiu com a ordem da equipa para Piastri ceder o segundo lugar a Norris em Monza.
O francês Pierre Gasly, piloto da Alpine, questionou se haveria ligação.
"É inexplicável. Pode-se estar descontente com a equipa, mas não se desaprende a conduzir de um fim de semana para o outro," disse Gasly à AFP.
Piastri afirmou que nenhum piloto no pelotão está totalmente satisfeito com a sua equipa e que a McLaren já tratou das questões.
"Ao longo do ano houve conversas difíceis. Houve coisas a resolver e a alinhar, mas estou muito confiante de que fizemos um bom trabalho nisso. Estou ansioso por voltar ao carro em Las Vegas. Estou focado na performance, em construir um fim de semana forte e em aproveitar todas as oportunidades", afirmou.
