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24 Horas de Le Mans: Ferrari quer o "hat-trick" de vitórias para prolongar o prazer

A apresentação das 24 Horas terá lugar na terça-feira
A apresentação das 24 Horas terá lugar na terça-feiraGERMAIN HAZARD/DPPI via AFP
Para a 93.ª edição das 24 Horas de Le Mans, este fim de semana, a Ferrari está de olhos postos na terceira vitória consecutiva na prova, perseguida pela Toyota e outras grandes equipas.

Naquilo que alguns pilotos apelidaram de "Jogos Olímpicos do desporto automóvel", é difícil adivinhar quem irá terminar no pódio da mais lendária das corridas de resistência, na véspera das primeiras sessões de treinos livres, na quarta-feira.

"Em comparação com o ano passado, todos estão mais próximos uns dos outros, por isso será certamente uma corrida difícil", anteviu o italiano Antonio Fuoco, atual campeão com o Ferrari nr.º 50, no sábado.

No entanto, a Scuderia é a favorita lógica depois de vencer as três primeiras rondas do WEC, o campeonato mundial de resistência cujo evento principal é a famosa corrida de Le Mans.

"A ideia de ganhar um terceiro Le Mans consecutivo seria magnífica. Mas os Toyotas são muito fortes aqui, porque têm a experiência, a capacidade e os meios (para vencer)" disse o diretor da Ferrari, Batti Pregliasco.

Alpine é outsider, Aston Martin na luta

A Toyota, atual campeã do WEC, e os seus dois GR010 sabem exatamente como conquistar Le Mans, tendo vencido cinco vezes entre 2018 e 2022. No final dos primeiros testes, no domingo, o carro nr.º 8 da marca nipónica terminou no topo da tabela de tempos, à frente do Ferrari nr.º 51 e do Alpine nr.º 36. O construtor francês, que já subiu duas vezes ao pódio esta época no WEC, chega "a casa" na posição de outsider. 

"Em termos de desempenho, não devemos estar muito mal este ano. Mas vai haver um grupo muito grande de carros, especialmente para o top-10", garantiu o piloto francês Charles Milesi.

Com oito construtores diferentes a alinharem um total de 21 Hypercars, os carros da categoria rainha, a grelha é muito forte. Enquanto sete deles já estavam presentes na elite no ano passado, esta época junta-se-lhes a Aston Martin e os seus Valkyries.

Tal como a Alpine e a BMW no ano passado, o construtor britânico tem uma grande desvantagem no papel: nunca correu nas 24 Horas de Le Mans com o seu protótipo atual. "Le Mans é uma corrida única, por isso, ter experiência lá ajuda muito", explica o piloto Alex Riberas.

"As equipas que voltam aqui têm apenas um objetivo, que é otimizar, mas nós ainda estamos a aprender", admitiu também o espanhol.

Um novo recorde histórico para a Porsche?

Quando se trata de previsões, o ex-campeão de F1 Jenson Button (Cadillac) coloca a Porsche "à mistura".

"Não os subestimem. Eles tiveram um mau começo de temporada, mas são rápidos", advertiu o piloto suíço da Toyota, Sébastien Buemi.

A marca alemã, apenas sexta no campeonato, vai tentar vencer no domingo com um dos três protótipos 963 (mais um para a equipa privada Proton Competition) pela 20.ª vez no evento, um recorde. A Porsche, que não vence desde 2017, lidera a Audi no número de vitórias em Sarthe, 19 contra 13. Para além dos Ferraris e dos Toyotas, enfrentará também uma armada de Cadillacs.

"Com quatro carros em pista, as ambições da Cadillac são certamente elevadas (...) mesmo se podemos constatar que todos afiaram as suas armas", afirma o local Sébastien Bourdais, que disputará o seu 18.º Le Mans.

Entre as outras equipas esperadas em Le Mans, a Peugeot irá colocar em pista dois 9X8, tal como a BMW com dois protótipos, um dos quais, o nr.° 15, será conduzido pelo dinamarquês Kevin Magnussen, piloto de Fórmula 1 até ao ano passado.

A partida será dada no sábado às 15:00 pela lenda do ténis Roger Federer. Os pilotos partirão então para uma ronda de 24 horas, no final da qual "o evento escolherá o seu vencedor".