Mais

Mundiais de Atletismo: Mais de 2.200 em Tóquio, perto de 40 campeões em título

Duplantis marca presença nos Mundiais
Duplantis marca presença nos MundiaisMAJA HITIJ / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
A grande maioria dos campeões de há dois anos em Budapeste vai apresentar-se nos Campeonatos do Mundo Tóquio-2025, que começam no sábado e deverão confirmar o poderio global dos Estados Unidos, mais uma vez sem rival à altura.

Serão 2.203 atletas, de 198 países, em luta pelas medalhas, entre os quais 32 portugueses, com Pedro Pichardo, no triplo salto, e Isaac Nader, nos 1.500 metros, bem cotados nas apostas.

Dos 41 que triunfaram individualmente em 2023 nos Campeonatos do Mundo disputados na Hungria, há 38 que competem na capital japonesa, com um leque de ambições muito amplo.

Entre eles, estão os recordistas mundiais Faith Kipgeyon, do Quénia (1.500 metros), Karsten Warholm, da Noruega (400 metros barreiras), Yaroslava Mahuchikh, da Ucrânia (salto em altura), Armand Duplantis, da Suécia (salto com vara), Yulimar Rojas, da Venezuela (triplo salto) e Ryan Crouser, dos Estados Unidos (lançamento do peso).

Duplantis, com recorde já melhorado em 2025 por três vezes, é a grande figura da modalidade e só por grande infortúnio não revalida o título. Tem 6,29 metros, contra 6,08 do grego Emmanuel Karalis, já o quarto mundial de sempre.

No setor feminino sobressai Faith Kipgeyon, atual rainha do meio-fundo, que está a passar por um grande momento de forma, mais uma vez.

Recordista mundial dos 1.500 metros e 5.000 metros, campeã do mundo e olímpica, é o alvo a abater pelas adversárias, face à ampla supremacia evidenciada.

Warholm também está bem, mas Mahuchick e Crouser não são, desta vez, favoritos, pelo que se tem visto nos últimos meses.

A ucraniana, recordista mundial, com 2,10, tem perdido para a australiana Nicola Olyslager, claramente a melhor do ano, com 2,06.

Quanto a Crouser, não tem marca em 2025, o que o torna uma das grandes incógnitas para o concurso do peso.

Outra grande incógnita, sem qualquer dúvida, é Yulimar Rojas, a fenomenal triplista que está ausente há mais de um ano, por lesão. Se estiver em forma, tem tudo para vencer, mas pode ainda não estar.

Para um lugar na história corre o velocista norte-americano Noah Lyles, que procura de novo o triplo ouro em 100, 200 e 4x100 metros. Se o conseguir, pela terceira vez, será o segundo atleta na história a conseguir nove medalhas de ouro ou mais, apenas atrás das 11 do jamaicano Usain Bolt.

Um recorde histórico também se procura nos 35 quilómetros marcha, e é para Portugal. O marchador João Vieira compete pela 14.ª vez em Mundiais, o que nunca aconteceu antes.

Vieira já é o mais velho medalhado em Mundiais, em Doha-2019, quando tinha 43 anos. Agora, com 49 anos, fica a meses de ser o marchador mais velho em prova, mas essa distinção vai continuar com o espanhol Jesus Angel Garcia.

No setor feminino, a discóbola francesa Melina Robert-Michon pode chegar ao 11.º mundial, o que também é recorde.