“Em 10 anos, tirando os dois em que não houve mundiais, não falhei nenhum pódio. Sem dúvida que conseguir títulos atrás de títulos me deixa super-contente, super-feliz, porque tenho sido muito consistente e acho que na canoagem mundial – ou no desporto em geral - é raro isso acontecer”, justificou, em declarações à Lusa.
Pimenta liderou até 100 metros do fim a regata na qual defendia o título alcançado em 2023, na Alemanha, terminando em 3.26,16 minutos, a somente 66 centésimos do ouro do húngaro Balint Kopasz, campeão olímpico em Tóquio2020 e bronze em Pari2024, que bateu o australiano Thomas Green por 18 centésimos.
“Claro que eu queria mais, mas também tenho que saber valorizar a excelente competição e a excelente prova que os meus adversários fizeram. Os meus adversários também trabalham todos os dias para conseguir conquistar pódios e conquistar o título e eu tenho que saber também valorizar e dar valor à minha medalha de bronze”, elogiou, após a sua 154.ª medalha em provas internacionais.
Pimenta revelou que chegou a equacionar prescindir esta época das grandes provas mundiais, para ter um “ano tranquilo”, mas que, até ao momento, a mudança de opinião resultou neste bronze mundial e quatro ouros em Europeus, dois na pista e outros tantos em maratonas.
“Se calhar sou como o vinho do Porto, quanto mais velho melhor. Pelo menos mais feliz a competir e a fazer o que faço. Sem dúvida que tenho que continuar o meu trabalho e deixar um legado não só dentro de água, mas também fora dela”, assumiu.
Domingo, Pimenta vai defender a prata mundial em K1 5.000 metros e o bronze em K1 500, prometendo apenas “dar o melhor” e desejar uma noite mais bem dormida do que a última, que teve de mudar de quarto a meio da madrugada por causa do barulho de um bar junto ao hotel.
Até ao momento, Portugal tem duas medalhas em Milão, o bronze de Pimenta em K1 1.000 metros e o ouro de Gustavo Gonçalves, João Ribeiro, Messias Baptista e Pedro Casinha, em K4 500 metros.
