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Mundiais de Judo: Medalha dá "visão positiva" da equipa feminina em Budapeste

Patrícia Sampaio conquistou única medalha portuguesa
Patrícia Sampaio conquistou única medalha portuguesaFerenc ISZA / AFP / AFP / Profimedia
O selecionador feminino de judo, Marco Morais, assinalou esta quarta-feira que uma medalha nos Mundiais, de Patrícia Sampaio, dá sempre “uma visão positiva” numa equipa que era curta em Budapeste, com três judocas.

“O balanço a uma medalha dá-nos sempre uma visão positiva de uma equipa que era curta no tamanho, mas acho que era grande na ambição. Lógico, atletas que eu disse logo, quando partimos, que estávamos na expectativa de ganhar medalhas, pelos currículos que apresentam, estamos sempre à espera que possam fazer um pouco mais e têm qualidade para fazer um pouco mais”, analisou o treinador.

Marco Morais sublinhou o bronze conquistado por Patrícia Sampaio (-78 kg), que reforça o estatuto de judoca portuguesa com melhor desempenho nos últimos, desde o bronze olímpico, ao título europeu e ao bronze desta quarta-feira.

“Sim, neste momento é das atletas mais consistentes que temos, com os resultados mais impactantes. Neste momento, poderemos dizer que sim, é uma atleta portuguesa com um maior nome de cartaz, se calhar”, frisou.

Sampaio sai de Budapeste com quatro vitórias e uma derrota, nas meias-finais, que a relegou para o bronze, numa competição em que foi menos explosiva do que costuma ser.

Acho que fez uma prova esforçada, uma prova de caráter, uma prova inteligente, quando teve de ser inteligente. Revelou, para mim, o estofo de campeão, que é quando não se consegue projetar, por ippon, continuamos a trabalhar naquilo que nos permite chegar à vitória, foi assim o fez e assim o conseguimos”, explicou.

Em relação a Catarina Costa, vice-campeã europeia, que foi afastada na primeira ronda de -48 kg, e Taís Pina, na segunda ronda com aquela que seria a campeã mundial em -70 kg, o selecionador feminino analisou igualmente os desempenhos.

“A Catarina, desta vez, não conseguiu passar o primeiro combate, mas quatro semanas antes, cinco semanas antes, tinha sido vice-campeã da Europa, pela terceira ou quarta vez. Portanto, é sempre uma atleta que a gente conta e que espera que esteja perto do pódio. A Taís, jovem, começa agora a demonstrar, depois de ter surpreendido no ano passado, tentar que fique mais consistente, que consiga estar nesta elite mais vezes e está no caminho certo. Fez dois bons combates, fez um brilhante combate com a atleta japonesa, que depois acabou por se sagrar campeã do mundo. Portanto, acho que temos futuro”, analisou.


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