É preciso recuar quase três anos para a subida ao pódio de um judoca luso, no caso Bárbara Timo, que conquistou a medalha de bronze em -63 kg, categoria que, entretanto, deixou, para regressar aos -70 kg, peso em que foi vice-campeã mundial (2019).
Timo, que procura pontos para subir no ranking internacional, é uma das grandes ausentes da curta delegação portuguesa, que em Budapeste terá apenas sete judocas.
Os últimos dias foram conturbados para o judo nacional, com a FIJ a suspender a Federação Portuguesa de Judo (FPJ), devido a uma dívida de 800.000 euros, o que deixava os judocas lusos sem possibilidade de competirem oficialmente pelo país, uma situação, entretanto, revertida, após diálogo com a instância internacional, com mediação do Comité Olímpico de Portugal.
Em Budapeste, estarão Catarina Costa (-48 kg), Taís Pina (-70 kg) e a campeã europeia Patrícia Sampaio (-78 kg), juntamente com Miguel Gago (-66 kg), Otari Kvantidze (-73 kg), João Fernando (-81 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg).
De todos, Fonseca é quem tem maior currículo de pódios em campeonatos do mundo, com o judoca do Sporting a ser também o único campeão mundial luso, depois de conquistar o ouro em 2019 (Tóquio) e 2021 (Budapeste).
Da seleção nacional, que tem dois medalhados olímpicos de bronze (Jorge Fonseca e Patrícia Sampaio), Catarina Costa esteve duas vezes na luta pelo bronze em Mundiais (em Abu Dhabi2024 e em Baku2018) e foi quinta, bem como Sampaio (em Tóquio2019).
Em 14 medalhas em Mundiais, em que o ouro de Fonseca foi o expoente máximo, Portugal conta também com cinco vice-títulos, um de Timo e quatro da já retirada Telma Monteiro, ex-judoca que tem ainda uma medalha de bronze.
Telma acumula cinco das 14 medalhas lusas, num evento em que, ao longo da história, também Filipa Cavalleri, Guilherme Bentes, Catarina Rodrigues, João Neto, treinador de Catarina Costa, e Anri Egutidze conquistaram medalhas, todas de bronze.