A Agência Mundial Antidopagem (AMA) confirmou em abril que 23 nadadores chineses testaram positivo a TMZ (trimetazidina) - um medicamento que aumenta o fluxo sanguíneo para o coração - antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021. A AMA aceitou as conclusões da agência antidopagem chinesa (CHINADA) de que o teste positivo se deveu à contaminação de substâncias.
Uma investigação independente não detectou qualquer favoritismo ou má gestão por parte da WADA no caso, e uma auditoria da World Aquatics concluiu que não houve má gestão ou encobrimento por parte do organismo dirigente.
Antes dos Jogos de Paris-2024, Peaty, duas vezes vencedor da medalha de ouro olímpica nos 100 metros bruços, disse que quer "uma luta justa".
"Se não for justo, isso tira-me o prazer", afirmou no sábado.
Tom Dean, que ganhou o ouro nos 200 metros livres nos Jogos Olímpicos de Tóquio, disse que os nadadores britânicos estavam a cumprir os padrões mais elevados no que diz respeito ao doping.
"Penso que se os outros países não estão a cumprir esse padrão, então é uma verdadeira vergonha que traz uma verdadeira nuvem negra sobre o que os Jogos Olímpicos devem representar", afirmou.
Freya Colbert, a campeã mundial dos 400 metros medley, disse que era perturbador ver relatos de outros concorrentes que não estavam a ser testados com rigor.
"Penso que isso arruína a fiabilidade dos resultados", afirmou.
Peaty disse que estava a tentar não deixar que a questão o distraísse da preoparação para os Jogos de Paris.
"É como se fosse um parque de diversões, porque no Rio tivemos o Zika, em Tóquio tivemos a COVID. Tem de haver sempre alguma coisa", afirmou: "A única coisa em que me tenho de concentrar é em nadar o melhor que posso, em ter o melhor desempenho possível. E depois, confio plenamente nas pessoas responsáveis pelo que têm de fazer".
