"Os voos de salvamento foram retomados no sábado por razões humanitárias", disse à AFP Pratap Jung Pandey, vice-presidente da Associação dos Operadores Aéreos do Nepal (AOAN). Os voos comerciais permanecem suspensos enquanto se aguarda a conclusão das negociações entre os operadores, as autoridades e a população local, declarou Pandey.
A AOAN suspendeu todos os voos em janeiro depois de os manifestantes terem bloqueado os locais de aterragem com cartazes. Pandey afirmou que as negociações para retomar os voos comerciais "estão a avançar numa direção positiva e deverão ser retomadas em breve, mas não posso dizer exatamente quando".
Mais de 50.000 turistas visitam a região do Evereste todos os anos.
Os helicópteros são um importante meio de transporte e de salvamento de emergência em muitas regiões montanhosas remotas do Nepal, onde o acesso por estrada é muitas vezes difícil. Mas os manifestantes afirmam que os helicópteros retiram emprego aos guias locais porque permitem um acesso fácil ao Parque Nacional de Sagarmatha, onde se situa o Evereste, o pico mais alto do mundo.
Aqueles que podem pagar 1.000 dólares para chegar ao local de helicóptero são poupados à caminhada de duas semanas para chegar ao acampamento base, deixando os guias sem uma importante fonte de rendimento.
Os voos de salvamento "são cruciais no alpinismo para salvar a vida dos alpinistas se algo acontecer", disse Mingma Gyale Sherpa, que dirige a Imagine Nepal, uma empresa que realiza expedições na montanha.