Esta opinião da ministra fará com que os esports não recebam investimentos por parte do governo durante a sua gestão.
"A meu ver, o desporto eletrónico é uma indústria de entretenimento, não é desporto. Então, você diverte-se a jogar videjogos, você se divertiu. Quem está no mundo dos esports treina, assim como o artista. A Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é atleta da música. Ela é uma artista que trabalha com entretenimento. O videojogo não é imprevisível. Ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, ela não é aberta", afirmou Ana Moser, em entrevista ao UOL.
As declarações da ministra trouxeram críticas e descontentamento de muitos representantes dos esports. Ana Moser carrega para o ministério do desporto uma visão que possui desde que estava na ONG "Atletas pelo Brasil". Nessa altura, levou a lei geral do desporto, cuja proposta está agora em tramitação no Senado, e onde defende que o conceito de desporto não seja tão amplo ao ponto de incluir os esports.
"Fizemos uma ação muito forte junto ao Legislativo para o texto da Lei Geral do desporto não ser aberto o suficiente para poder ter o encaixe dos esports. O texto protege o desporto-raiz. Na definição de desporto, tinha sido dado uma abertura que poderia incluir desporto eletrónico, e a gente fechou essa definição para não correr esse risco", conta Ana Moser.
Os esports têm mostrado grande crescimento nos últimos anos, ao ponto da sua presença em eventos desportivos internacionais serem, não somente cogitadas, mas confirmadas.
Em setembro de 2022, os Jogos Olímpicos Asiáticos, competição similar aos Jogos Pan-Americanos, tiveram competições de esports. Em 2022, os torneios de desportos eletrónicos começaram a fazer parte do programa olímpico, conforme deliberação do Conselho Olímpico da Ásia, em dezembro de 2020.
Em março de 2022, o Comitê Olímpico Internacional (COI) descartou a possibilidade de realização de torneios de esports que não envolvam atividade física nos Jogos Olímpicos.