Promovido pelo antigo medalhado olímpico Michael Johnson, o novo circuito do Grand Slam vai estrear-se em 2025 com eventos exclusivamente de pista em quatro encontros - Kingston (Jamaica), Miami, Filadélfia e Los Angeles.
"Quero que sejam bem sucedidos. Quero que dêem mais brilho ao nosso desporto e penso que há espaço para todos, desde que haja alguma comunicação e coordenemos o calendário", desejou.
"Não vejo isto como uma ameaça. Nunca vi a concorrência como uma ameaça. Ou se trabalha com a competição ou não se trabalha. Honestamente, esta (World Athletics) é uma organização que acolhe todos os tipos de inovação e penso que mostrámos, de certa forma, que não temos medo disso", acrescentou.
A nova série tem sido vista como um desafio ao circuito estabelecido da Liga Diamante, numa altura em que o atletismo luta para ganhar visibilidade para além dos Campeonatos do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
O próprio Coe e a World Athletics lançaram o seu próprio Ultimate Championship em novembro, um evento por equipas cuja primeira edição terá lugar em Budapeste, de 11 a 13 de setembro de 2026.
O evento realizar-se-á de dois em dois anos para cumprir a ambição da World Athletics de realizar um campeonato mundial todos os anos. Ao contrário do Grand Slam Track de Johnson, o Ultimate Championship incluirá também as disciplinas de campo (provas de saltos e lançamentos) e realizar-se-á após as finais da Liga Diamante.
"Devemos estar satisfeitos por termos criado um cenário em que as pessoas acreditam que vale a pena investir no nosso desporto", disse Coe numa conferência de imprensa após uma reunião da direção da World Athletics no Mónaco.
"Estou aberto a todos os tipos de inovação. Estou aberto a todos os tipos de investimento, dentro do razoável. É importante que trabalhemos como parceiros e não como concorrentes", acrescentou.
