Figueiredo, de 34 anos, ocupa o 37.º lugar da Race to Maiorca, o ranking da segunda divisão do golfe europeu, e chega à Região Oeste em boa forma para liderar a armada nacional, composta por Tomás Gouveia, também membro do Challenge Tour, Tomás Bessa, Pedro Lencart, Vasco Alves, Daniel Rodrigues, Hugo Camelo Ferreira e o amador João Pereira.
“Sinto que estou a jogar bem. Nos últimos quatro torneios joguei bem, de forma consistente, tenho feito bons resultados e em alguns torneios até estive na liderança, portanto sinto que o meu jogo está bom e venho com um bom feeling para este Open de Portugal”, avança, em declarações à agência Lusa.
O jogador de Azeitão tem como melhores resultados esta temporada o 6.º lugar no Delhi Challlenge, em março, e no UAE Challenge, em abril, a 5.ª posição no recente Vierumaki Finnish Challenge, o ‘top 20’ no The Dutch Futures e no GAC Rosa Challenge Tour e o 22.º lugar empatado no Irish Challenge, todos em agosto, além do 18.º posto no Kolkata Challenge no início do ano.
Em 18 torneios jogados esta época, Figgy fez 15 cuts e está a quatro de igualar a melhor temporada de sempre no Challenge Tour, quando, em 2018, passou 19 ‘cuts’ em 22 torneios, acabando em 15.º lugar na Race to Maiorca.
“A minha ambição é a mesma em qualquer torneio. Prepara-me bem, dar o meu máximo e ter boa atitude. Prefiro me concentrar nesses aspetos, porque são os que controlo e sei que, se estiver bem nesse aspeto, vou ter mais chances de fazer bom resultado. Estou no 37.º lugar no ranking, preciso de bastantes pontos para terminar no top 20 no final da temporada, faltam cinco torneios e vou dar o meu máximo em cada um. Sei que uma vitória ajudava muito nessa tentativa de voltar ao (DP World) Tour e vou dar o máximo a ver se consigo”, frisa.
No percurso de 18 buracos, da autoria do mítico Seve Ballesteros, Pedro Figueiredo não terá, contudo, tarefa facilitada, já que considera “o field do Open de Portugal o mais forte do Challenge Tour, este ano.”
“Nove dos primeiros 10 do ranking é de assinalar e acho que é muito positivo para o torneio. Para além dos nove do top 10, também tem alguns jogadores do DP World Tour, que esta semana não entraram em Wentworth (BMW PGA Champioship), portanto temos esta semana um grande field”, lembra o campeão do KPMG Trophy, em 2018.
No regresso a Portugal, o jogador da Vanguard Properties espera, ainda assim, ter no traçado de Par 71 um aliado na sua tentativa de fazer uma boa campanha no evento dotado de dois mil pontos e 300 mil euros em prémios monetários
“Eu gosto muito do Royal Óbidos e acho que é um campo que se adapta bem ao meu jogo. Portanto, espero que seja um aliado, mais do que um obstáculo. É um campo onde os shots ao ‘green’ são muito importantes, porque estão protegidos com alguma água. É um campo que normalmente tem vento, eu costumo jogar bem com vento também, portanto, acho que são características que me podem ajudar”, justifica.
Em relação ao contingente português, Figgy considera que, este ano, há “grandes jogadores a jogar o torneio”, como é o caso de “Tomás Melo Gouveia, um grande jogador, apesar de estar a passar uma fase menos conseguida a nível de resultados.”
“Mas acredito que mais tarde ou mais cedo o seu valor virá ao de cima e pode fazer um grande torneio. O ano passado ele demonstrou mesmo isso e esteve muito perto de conseguir uma vitória até poucos buracos do fim. O Tomás Bessa tem estado muito bem nos torneios do Challenge Tour que tem jogado, sobretudo depois da lesão. E é um jogador com muito potencial, bate muito cumprido e acho que pode tirar vantagem neste campo”, acrescenta.
Além de lembrar que “Daniel Rodrigues passou agora a primeira fase da escola de qualificação e mais tarde ou mais cedo vai dar muitas alegrias, porque é um grande jogador e demonstrou isso na sua carreira como amador”, Figueiredo defende que Pedro Lencart “também é um jogador capaz de coisas muito boas.”
“Quando ele joga bem, joga mesmo muito bem, portanto esperemos que seja a sua semana. O Vasco Alves também tem jogado de forma muito consistente nos torneios do Challenge Tour e depois temos o Hugo Camelo e o João Pereira, todos jogadores com potencial, portanto espero que os portugueses joguem a alto nível esta semana e deem-nos alegrias”, remata o melhor representante nacional a atuar esta temporada no Challenge Tour.