As suspensões são o resultado de dados e amostras recolhidas pela equipa de Inteligência e Investigações da AMA no Sistema de Gestão de Informação Laboratorial (LIMS) de Moscovo.
Um total de 203 atletas russos foram sancionados por 17 organizações antidopagem e outros 73 foram acusados.
Outros 182 casos permanecem sob investigação.
"O sucesso contínuo da investigação da Operação LIMS da AMA é um testemunho do trabalho significativo que está a ser realizado pelos departamentos de Inteligência e Investigações e de Assuntos Jurídicos da Agência", afirmou o presidente da AMA, Witold Banka, em comunicado.
"Também gostaria de agradecer às Federações Internacionais e outras Organizações Antidopagem que acompanharam diligentemente os pacotes de provas que a WADA lhes forneceu e continuam a apresentar casos conforme apropriado", acrescentou o dirigente, terminando: "A AMA está a acompanhar todas as autoridades relevantes envolvidas na investigação para garantir que é feita justiça aos atletas de todo o mundo."
Em 2015, a Agência Antidopagem da Rússia (RUSADA) foi declarada como não estando em conformidade com o Código da WADA, depois de uma investigação ter revelado dopagem institucionalizada generalizada.
O Comitê Executivo da WADA votou, em 2018, para restabelecer a RUSADA sujeita a uma série de condições que incluíam o acesso a todos os dados do LIMS.
Mais tarde, foi determinado que alguns dados recuperados tinham sido manipulados, o que levou a AMA a pedir novamente que a RUSADA fosse considerada não conforme e enfrentasse mais quatro anos de sanções.
A Rússia recorreu das sanções propostas para o Tribunal Arbitral do Desporto e conseguiu que fossem reduzidas para dois anos.
A equipa de investigação LIMS conseguiu recuperar, de forma forense, grande parte dos dados manipulados e apagados, o que contribuiu para a criação de mais centenas de casos contra atletas apanhados no programa de dopagem russo.