Enquanto os franceses celebraram títulos em 1998 e 2018, os últimos troféus da Argentina já estavam lá bem atrás, com a última conquista a datar de 1986, há 36 anos. Além de ambos os conjuntos disputarem o terceiro título, existia também o atrativo de ver duas das maiores estrelas do torneio - Lionel Messi e Kylian Mbappé - a defrontarem-se.
Após um jogo que superou todas as expectativas, a decisião chegou no desempate por penáltis e foi a vez de Lionel Messi, sete vezes eleito o melhor jogador do Mundo, celebrar. Com dois golos, o avançado do PSG foi decisivo no terceiro título mundial da história da Argentina.
A Albiceleste controlou a primeira parte. Aos 21 minutos, Dembélé fez uma falta sobre Di María na área e o penálti foi convertido sobre Messi, que se tornou no primeir jogador a marcar em todas as rondas (fase de grupos, oitavos, quartos, meias-finais e final) de um Mundial. 13 minutos depois, foi a vez do jogador da Juventus colocar o nome na lista dos marcadores ao concluir uma boa jogador. Foi apenas a segunda vez que dois jogadores com idade superior aos 34 anos conseguiram marcar numa final de um Campeonato do Mundo.
Após o intervalo, a França mostrou uma nova cara, com Mbappé em destaque. Converteu o penálti que castigou falta de Otamendi sobre Kolo Muani e, 97 segundos depois, finalizou de primeira para bisar. Desde Ronaldo, em 2002, que não havia um bis na decisão do Mundial.
No prolongamento, Messi devolveu a liderança à Argentina com o 13.º golo em Mundiais, mas viu Mbappé igualar tudo, na conversão de um penálti. O avançado de 23 anos tornou-se no melhor marcador da história em finais (quatro golos) e o primeiro a fazer um hat-trick neste jogo decisivo desde Geoff Hurst, em 1966.
Quanto ao título, teve de ser decidido no desempate por grandes penalidades. Messi e Mbappé deram o exemplo e não falharam os primeiros pontapés, mas Coman e Tchouaméni tiveram menos pontaria. Coube então a Montiel ser o herói e apontar o golo que garantiu a festa da Argentina.

A Argentina liderou em todos os indicadores, graças a uma excelente primeira parte. Tiveram o dobro do remates, sendo que metade foram na direção da baliza. O maior número de posses também comprovou o domínio dos agora coroados campeões do Mundo.

Sem dúvida que o remate de Di María, aos 36 minutos, foi o melhor golo da final. Uma sucessão de passes rápidos resultou num cruzamento que Mac Allister controlou para assistir o jogador da Juventus.

A lista final de melhores marcadores demonstra a importância da final. Giroud e Álvarez ficaram em branco, mas Messi e Mbappé conseguiram deixar a marca. O francês acabou por ganhar a guerra com um hat-trick a elevar a contagem final para oito golos. Contudo, foi apenas um prémio de consolação.

Durante o tempo regulamentar, a Argentina foi controlando grande parte do jogo, em particular no primeiro tempo. O golo de França ajudou a virar as coisas e os gauleses conseguiram mesmo forçar o prolongamento, com uma ponta final a dominar o conjunto argentino.

Ainda que o mapa mostre que Lionel Messi andou mais pelo lado direito do campo, como era esperado, o capitão da Argentina esteve virtualmente em todo o lado. Não raras vezes apareceu na área, em zona de finalização, para ameaçar a baliza de Lloris e é mesmo assim que faz o segundo o golo da Argentina.
Depois de ter começado o torneio com uma inesperada derrota diante da Arábia Saudita (1-2), a Albiceleste chegou à final e conseguiu o terceiro título do Mundial. Depois de 36 longos anos, a Argentina voltou a sentar-se no trono mais alto do futebol, com Lionel Messi nomeado como o melhor jogador.