" É cruel quando, de repente, não se tem mais forças", disse o treinador de 76 anos sobre o período que passou por volta de 2004. Inicialmente, sofria de dores nas costas e de problemas de sono, antes mesmo de se tornar claustrofóbico quando conduzia. "Fico com falta de ar, tudo fica apertado, é uma sensação terrível", disse Hitzfeld:"Só melhora quando abro as janelas. Foi então que percebi: preciso de ajuda. Preciso de um psiquiatra. Ele receitou-me comprimidos, antidepressivos. Ajudam-me a acalmar-me".
"Não mostrar fraqueza" no trabalho de treinador
Depois disso, apercebeu-se de que teria de recusar a oferta do cargo de treinador da seleção alemã. "É preciso estar descansado para um novo trabalho. E, sinceramente, nessa altura, não queria voltar a ser treinador", sublinhou Hitzfeld. Em seguida, retirou-se para as montanhas suíças. Em 2007, assumiu novamente o comando do Bayern por um ano, antes de se tornar técnico da seleção suíça de 2008 a 2014.
Mesmo durante os anos em que esteve no Borussia Dortmund (1991 a 1997) e no seu primeiro mandato em Munique (1998 a 2004),"quase não consegui lidar com isso como pessoa e quase entrei em colapso", disse o natural de Lörrach:"Porque o trabalho com o jogador de futebol traz muita responsabilidade e ainda mais pressão, além de muito dinheiro, que você também gosta de receber". Não se pode"mostrar qualquer fraqueza em público. Comemos muito de nós próprios".