Além da conquista de dez torneios, nacionais e internacionais, os Irmãos Deus conseguiram ainda afirmar-se no panorama internacional, com várias presenças em quatro principais do circuito Premier Padel, o mais alto da modalidade, assinar um protocolo com o Sporting CP que lhes vai permitir competir de leão ao peito a partir do dia 01 de janeiro e, sobretudo, atingir o tão ambicionado objetivo: entrar no top-100 mundial.
Foi isso mesmo que aconteceu esta semana. Os jogadores portugueses viram reconhecido o seu excelente trabalho e subiram no ranking. Miguel Deus ocupa agora o 82.º lugar, enquanto Nuno surge no 94.º.
“Sinceramente, o nosso primeiro grande objetivo para este ano era podermos jogar um torneio do Premier Padel juntos. Felizmente, e devido aos resultados que fomos obtendo, a meio do ano esse objetivo foi redefinido para o top-100. Sabíamos que era ambicioso, mas ao mesmo tempo também sabíamos que era possível, porque confiamos muito em nós e no nosso trabalho. E obviamente que agora, chegando o final da época e sabendo que o top-100 foi atingido no último torneio do ano, é algo que nos deixa orgulhosos, mas sempre com vontade de mais”, refere Miguel Deus, de 31 anos, em declarações à sua assessoria de imprensa, numa ideia partilhada por Nuno: “É um orgulho enorme e uma motivação ainda maior para continuar. Sentimos que estamos a cumprir os nossos sonhos, mas que também levamos o nome de Portugal connosco. Sentir que se fala cada vez mais do nosso país no panorama mundial de Padel é mesmo muito gratificante.”
Felizes com este final de época, os dois atletas só poderiam fazer um balanço extremamente positivo. “Foi a melhor temporada da nossa carreira. E felizmente temos a sorte de dizer isto no final de todas as épocas. Esperamos em dezembro de 2025 voltar a dizer o mesmo. Foi um ano em que nos solidificámos no Premier Padel, o melhor circuito do mundo. Foi um ano muito longo, com muitas viagens e muitos torneios em todas as partes do mundo, mas no final acabou por ser muito gratificante, pelas vitórias e por vários objetivos que fomos conquistando semana após semana”, admite Miguel.
Por seu lado, Nuno admite que este é um final de caminhada feliz, que até começou com um grande obstáculo. “Foi uma época excecional, muito melhor do que estávamos à espera. Eu, pessoalmente, que comecei o ano com uma lesão ‘chata’ que me afastou alguns meses da competição, nunca pensei que conseguisse alcançar tanto ao longo desta época”, assume o jogador, de 29 anos.
Com tantos momentos inesquecíveis, torna-se difícil escolher os principais. Os dois irmãos preferem valorizar a temporada em geral, mas confessam que o sentimento de desempenhar uma espécie de papel de embaixadores do Padel português é especial. “Foi uma época repleta de momentos especiais, mas sem dúvida alguma que em primeiro lugar colocaria a conquista de medalha de bronze no Campeonato do Mundo por Portugal”, vinca Nuno, tal como Miguel: “Todas as vitórias são prazerosas, mas quando se ganha algo por Portugal tem sempre um sentimento extra.”
Agora é tempo de descansar, desfrutar das conquistas e começar a definir objetivos para 2025. Daqui a pouco menos de um mês começa a pré-época de um ano que os Irmãos Deus esperam, pelo menos, semelhante.