Regressos
Em relação à equipa que perdeu com o Sporting, Petit fez apenas duas alterações. Bruno Lourenço e Watai entraram no onze do Boavista, com Camara e Salvador Agra a regressarem ao banco.
No que toca ao Famalicão, João Pedro Sousa mexeu também em duas peças. Regressados após castigos, Zaydou Youssouf e Dobre regressaram ao onze, com Gustavo Assunção e Leandro Sanca a ficarem no banco de suplentes, onde estava Jhonder Cadiz, acabado de cumprir uma suspensão.
Pantera ineficaz
A jogar em casa, o Boavista entrou com uma postura assertiva e à procura de dominar o jogo. E Petit pode dar-se pelo satisfeito por 45 minutos em que só falhou a concretização.
Com uma exibição praticamente imaculada na defesa – o Famalicão sentiu muitas dificuldades em acercar-se da baliza de Bracali – os axadrezados iam conseguido aproximar-se da área adversária, mas na hora de finalizar, falhava sempre alguma coisa.
Bruno Lourenço (16 minutos) obrigou Luiz Júnior a uma defesa atenta, na sequência de um canto. O livre de Makouta (18 minutos) embateu na barreira, enganou guarda-redes e ficou a centímetros de ir parar ao fundo das redes. Yusupha (43 minutos) encheu o pé à entrada da área, mas a bola passou ao lado.
Por seu lado, o Famalicão só conseguiu incomodar Bracali numa ocasião. Iván Jaime ganhou espaço na meia esquerda e rematou rasteiro para o capitão do Boavista chegar a dois tempos. Muito tempo de uma equipa que pareceu amarradas de ideias e que teve uma curiosa reunião no relvado antes de baixar ao balneário para ouvir os ajustes de João Pedro Sousa.
Alguém pediu golos?
A segunda parte trouxe uma Famalicão mais assertivo, mas ainda assim voltou a ser o Boavista que criou mais perigo. Aos 49 minutos, Pedro Malheiro arrancou pela direita e cruzou para a pequena área onde Yusupha, em frente ao guarda-redes, não conseguiu acertar na baliza.
É talvez das frases mais cunhadas do futebol, mas a verdade é que se voltou a verificar que quem não marca, sofre. Minutos depois de Yusupha ter desperdiçado uma ocasião de ouro, Pedro Malheiro derrubou Iván Jaime (57 minutos) na área. Chamado a converter o penálti, o jogador espanhol mostrou a compostura natural de um irreverente e rematou para o meio enquanto Bracalli tombava para a esquerda.
Atordoado por ver escapar um jogo que parecia ter totalmente controlado, o Boavista acabou por sofrer o segundo quase de imediato. Na sequência de um livre lateral, a bola ressaltou em Bruno Onyemachi e Alex Dobre (60 minutos) aproveitou o ressalto para, sem deixar a bola bater no chão, rematar para o fundo das redes.
Em desvantagem, o Boavista intensificou o cerco à área adversária, mas como menos qualidade (e cabeça) do que o tinha feito na primeira parte. O golo de Bozenik (72 minutos) – que tirou Colombatto do caminho com a receção e contou com o desvio de Riccieli no remate – deu mais alento aos axadrezados, mas o empate não chegou para dissabor de umas bancadas bem compostas do Estádio do Bessa, que ainda viram o avançado eslovaco atirar à trave quando o relógio assinalou os 90 minutos.
Com este resultado, o Famalicão subiu ao nono lugar da Liga com 33 pontos e depois de um início de época complicado vê agora a Europa a sete pontos. Já o Boavista encontra-se na 12.ª posição, com 30 pontos.
Homem do jogo Flashscore: Iván Jaime (Famalicão)