Papu Gómez contou, numa entrevista ao La Repubblica, o que viveu durante este período.
"Gostaria de regressar à Serie A. Um xarope para a tosse custou-me dois anos de paragem: demasiados. Durante meses pensei que não conseguiria. Aos 36 anos, sinto que ainda posso fazer a diferença. Gostaria de jogar na Atalanta, mas eles já não precisam de mim", afirmou.
"Estou feliz, estou a sair do túnel. O primeiro ano foi complicado, mas agora tenho mais confiança. Sinto-me como quando tinha 17 anos e tinha de fazer a minha estreia na equipa principal. É um novo começo", acrescentou o avançado.
De olhos postos no futuro, o antigo jogador do Arsenal de Sarandi, San Lorenzo, Catania, Metalist, Atalanta, Sevilha e Monza, revela as suas preferências.
"Gostaria de jogar em Itália ou em Espanha, verei quem me chama, enquanto os meus três filhos e a minha mulher estiverem por perto, tenho de fazer dela um monumento. Ela absorve tudo. Nos maus momentos, apercebemo-nos de quem está perto de nós. Aprendi a ser resiliente. Treinar sozinho durante um ano foi difícil na minha idade", assumiu Papu Gómez.

"Não faz sentido"
Papu explicou os altos e baixos por que passou durante este período.
"Aceitei a minha responsabilidade. Mas fico zangado. Não faz sentido receber uma proibição de dois anos desta forma. Passei por um vaivém de emoções. Um dia acordei e disse a mim próprio: 'Continua a treinar'. No dia seguinte, senti que não era capaz de o fazer", afirmou.
Por fim, enviou uma mensagem a todos os jovens que jogam futebol.
"Não tomem nenhum medicamento que não tenha sido receitado pelo médico do clube. E se tomarem algum, declarem-no. Eu cometi o erro de me esquecer que, quando era miúdo, tomava uma colher de xarope para a tosse", acrescentou.