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Paralímpicos: Ciclista Telmo Pinão consegue primeiro diploma para Portugal

Telmo Pinão garantiu esta sexta-feira o primeiro diploma para Portugal nos Jogos Paralímpicos Paris-2024
Telmo Pinão garantiu esta sexta-feira o primeiro diploma para Portugal nos Jogos Paralímpicos Paris-2024Federação Portuguesa de Ciclismo
O ciclista Telmo Pinão garantiu esta sexta-feira o primeiro diploma para Portugal nos Jogos Paralímpicos Paris-2024, ao concluir na sétima posição a prova de 3.000 metros de perseguição individual C2, disputada no Velódromo de Saint-Quentin-en-Yvelines.

Numa prova em que o recorde paralímpico foi batido duas vezes e o francês Alexandre Leaute estabeleceu novo recorde mundial (3.24,298 minutos), Telmo Pinão, que não tem parte da perna esquerda, cronometrou 3.59,150 minutos, concluindo no sétimo posto.

Telmo Pinão mostrou-se satisfeito com o resultado, mas admitiu que “o exagero no início da prova” pode ter comprometido um resultado melhor.

O arranque foi muito bom, julgo que por volta da terceira volta exagerei um pouco. Quando digo exagerar um pouco é passar um segundo mais rápido, depois, tentei relaxar um pouco. A meio da corrida senti que estava a fluir, mas, se calhar, fui vitima do exagero no início e nas últimas voltas não me senti tão bem”, explicou.

Telmo Pinão, que aos 44 anos soma a sua terceira participação paralímpica, admitiu que, “sem esse exagero” talvez pudesse “ter atingido o segundo objetivo, depois do diploma, que era bater o recorde pessoal”, numa prova na qual os dois primeiros classificados seguem para a disputa do ouro, e os dois seguintes lutam pelo bronze.

O ciclista português comparou a prova, disputada no Velódromo onde os ciclistas Iuri Leitão e Rui Oliveira conseguiram uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, ao surf: “Afrouxamos nas retas, pedalamos na curva, é como se fossemos apanhar a onda, é como se fosse um bocadinho de surf”.

Telmo Pinão voltou a lamentar que a prova junte atletas que têm as duas pernas e atletas que tem apenas uma, considerando que “não é justo”, e admitiu que o atual sistema de classificação, que está ser alvo de críticas, “está a fazer com que alguns bons ciclistas estejam a abandonar a competição”.

O ciclista, natural de Coimbra, vai disputar mais três provas nos Jogos Paris-2024: uma de pista e duas de estrada.