Nina Kennedy, de 27 anos, alcançou a melhor marca da época com 4,90 metros, batendo o punho várias vezes depois de mais uma batalha épica com Moon.
"Tenho sido muito aberta aos meios de comunicação social, mas este ano não ia partilhar nada", disse Kennedy aos jornalistas.
"Desta vez não queria partilhar, queria ganhar e estou contente por ter conseguido", acrescentou.
Moon, a medalhista de ouro em Tóquio e duas vezes campeã mundial, saltou 4,85 m para conquistar a prata. A canadiana Alysha Newman ultrapassou a mesma altura, mas foi premiada com o bronze por ter falhado mais saltos.
Kennedy e Moon decidiram partilhar o ouro nos campeonatos mundiais do ano passado em Budapeste, depois de ambas terem saltado 4,90m. Moon defendeu a decisão depois de críticas contundentes nas redes sociais, dizendo que o perigo de saltar aumenta à medida que a fadiga se instala.
"Sair de lá saudável e com uma medalha de ouro enquanto comemorava com a minha amiga que havia saltado tão bem quanto eu foi uma decisão sem pensar", disse Moon em Budapeste.
"Parte da razão pela qual atingimos o mais alto nível é o facto de ouvirmos o nosso corpo", explicou.
Kennedy garantiu que não haveria partilha esta quarta-feira no Stade de France. Falhou apenas um salto, o primeiro dos quais a 4,70 metros, antes de passar com facilidade as três alturas seguintes.
Depois da tentativa bem sucedida de Kennedy a 4,90 metros, a única hipótese de Moon roubar a vitória era saltando a 4,95 metros, mas ela e Kennedy falharam nessa altura.
"Tive a suspeita de que a vitória estava garantida depois de 4,90", disse Kennedy.
A sua vitória foi uma redenção dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em que uma grave lesão no quadríceps contribuiu para a sua eliminação na fase preliminar.
