Ami e Wizard deram ouros aos seus países numa modalidade em estreia que, de resto, tem já saída anunciada, uma vez que não fará parte do programa para Los Angeles-2028, ainda que a federação internacional tente reintroduzi-la no evento seguinte.
Com a portuguesa Vanessa Marina entre as pioneiras no setor feminino, muitos ligaram as televisões para assistir à estreia olímpica desta dança combinada com acrobacias, numa explicação simplista que é a primeira introdução para adeptos.
Entre b boys e b girls, mais os MC que animavam o público e reagiam às prestações dos desportistas, uma coluna de som gigante, a aparição de Snoop Dogg, para cantar “Drop It Like It’s Hot”, a animação não faltou.
Uma manifestação cultural associada, nas suas origens, ao hip hop, criada por miúdos afro-americanos e porto-riquenhos nos Estados Unidos, tem sofrido uma evolução – e globalização – que atraiu o Comité Olímpico Internacional (COI), interessado em atrair novos públicos.
“O breaking evoluiu desde os anos 1970. É maior, mais forte e mais refinado. Os Jogos Olímpicos deram-nos a oportunidade de o mostrar a muito mais pessoas”, resumiu este sábado Victor Montalvo.
O norte-americano ficou com o inédito bronze na competição masculina e gabou a “plateia doida e incrível” que marcou a atmosfera, ao ar livre e no coração de Paris, ao longo dos dias de prova.
“Viemos representar a cultura hip hop, a cultura breaking, e tenho orgulho em saber que as pessoas gostaram”, resumiu.
Assim, Wizard bateu o francês Danil Civil, ou Dani Dann, deixando o b boy da casa com a prata, enquanto Montalvo se contentou com o bronze.
Considerada por muitos a grande favorita, Ami Yuasa confirmou as previsões com o ouro, relegando a lituana Dominika Banevic para o segundo lugar e a chinesa Liu Qingyi, aliás 671, para o terceiro.
Quadro de medalhas:
MASCULINOS
Ouro: Phil Wizard, Can.
Prata: Danis ‘Dani Dann’ Civil, Fra.
Bronze: Victor Montalvo, EUA.
FEMININOS
Ouro: Ami Yuasa, Jpn.
Prata: Dominika Banevic, Lit.
Bronze: Liu ‘671’ Qingyi, Chn.