"A competição decorreu na perfeição, nós tínhamos um plano para fazer e executámos tudo tintim por tintim", assegura Pedro Ferreira, um dos atletas lusos medalhados no "Mundial mais forte até à data".
Para o atleta, Portugal está "com uma eficácia do outro mundo" e fez sempre o que tinha de fazer, desde as preliminares e as semifinais.
"Estas finais são sempre muito duras, sabemos que a equipa depende da nossa perfomance, mas depois acabam por ser as que dão mais gosto, quando correm bem, é isso que torna estes momentos muito mais importantes", acrescentou Pedro Ferreira, que considera que Portugal "neste momento sonha sempre com uma medalha, em competição por equipas e isso já é dizer muito".
Portugal "lutou frente a frente com os melhores, países com muito mais investimento e cultura de trampolins", mas "sempre na luta", acrescentou.
Quanto a Diogo Abreu, que já conquistou a medalha de ouro nesta competição, nos Mundiais disputados em Sófia, em 2022, reconhece que "uma medalha num Campeonato do Mundo de seniores é sempre muito importante, um momento único e especial".
"É um desporto individual, mas as provas por equipas têm gosto especial, porque somos amigos e muito unidos e ganhar uma medalha para a equipa portuguesa é um orgulho enorme", acrescentou.
Gabriel Albuquerque, que protagonizou o melhor desempenho luso, com 62.880 pontos, enalteceu esta sua primeira medalha, "o que tem um valor significativo".
"Conquistar o bronze para Portugal é um orgulho imenso", reconheceu o algarvio, que, nos Jogos Olímpicos Paris2024, tinha conquistado a melhor classificação de sempre de um português nos trampolins, com o quinto lugar.
Nas declarações após a prova, o treinador nacional, Luís Nunes, disse que já antecipava um bom resultado: "A estratégia foi o Diogo saltar primeiro, o Gabriel depois e o Pedro por fim e fazerem aquilo que estavam a fazer, sabia que eles iam saltar bem".
"Depois, é um bocadinho uma lotaria, no sentido de que nós temos de fazer bem e os outros também fazer bem, se nos quiserem ganhar. Há países mais fortes do que nós, o Japão e a China são muito fortes, mas ficaram atrás porque não conseguiram fazer o melhor deles", explicou.
"Não podemos influenciar a performance dos outros, mas os outros para nos ganharem vão ter de fazer melhor... às vezes fazemos muito bem e não dá", disse ainda.
Portugal já se tinha sagrado campeão do mundo por equipas em trampolim individual em 2022, nos Mundiais disputados em Sófia, onde arrebatou ainda a prata no trampolim sincronizado e no duplo minitrampolim por equipas masculinos e o bronze no ‘all-around’.
Em Birmingham2023, Portugal melhorou do bronze para a prata no ‘all-around’, conquistando ainda o vice-campeonato no duplo minitrampolim feminino e o terceiro lugar no duplo minitrampolim individual.
