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“Temos mobilizados mais de três mil efetivos e queremos aqui garantir que temos todos os dispositivos preparados para o asseguramento deste jogo. Neste momento, não temos ameaças, mas também estamos preparados para contrapor qualquer tipo de ameaça que surgir”, garantiu o comissário-chefe Mateus Francisco Gonçalves, em conferência de imprensa.
A garantia surge numa altura em que se especula que membros da sociedade civil angolana, que protestam contra a realização do jogo, devido aos custos financeiros, se preparam para uma manifestação no Estádio 11 de Novembro, palco do jogo de sexta-feira.
A polícia angolana fez saber também que pastas ou qualquer outro objeto serão interditos no estádio e informou também que a mobilidade, fora do recinto desportivo, vai sofrer restrições, tanto para adeptos quanto para viaturas.
No interior do recinto, os jornalistas vão também ver a circulação restringida, sem se aproximarem da relva, com exceção para os profissionais da Televisão Pública de Angola, que vai ser o único órgão televisivo a transmitir o jogo em direto.
Os bilhetes para o particular esgotaram após três dias de venda, tendo a Federação Angolana de Futebol colocado à disposição 48 mil bilhetes para um jogo que vai ser disputado num estádio com capacidade para 50 mil espetadores.
Algumas centenas de adeptos angolanos manifestaram descontentamento com o que apelidam de “máfia” da venda dos bilhetes para o jogo com os campeões do mundo.
O jogo continua envolto em polémica, sobretudo devido aos custos associados, quando se estima que a Argentina receba cerca de 12 milhões de euros (ME) para jogar com Angola em território angolano.
Sensibilidades políticas e organizações da sociedade civil angolana, que se opõem à realização do jogo, denunciaram que àquele valor se somam os custos de viagem, hospedagem e segurança de mais de 80 pessoas da comitiva argentina, podendo os custos chegar aos 20 ME.
O governo angolano, que até ao momento não revelou os valores oficiais desta operação, limitou-se a desmentir essas informações, referindo que os custos vão ser assegurados por três empresários angolanos.
Angola e Argentina voltam a defrontar-se 19 anos após o último duelo, disputado em 2006, em Itália, de preparação para o Mundial desse ano e que terminou com vitória dos argentinos por 2-0.
