“O nosso objetivo é conseguir colocar novamente atletas em Jogos Olímpicos”, começou por afirmar Nuno Antunes, no seu dia de aniversário, recordando o esforço feito pela nova Federação Portugal Taekwondo (PORTKD), iniciado pela direção anterior liderada por Nuno Semedo.
A seleção portuguesa apresenta, no feminino, Kiara Barroso (-46 kg), Filipa Bastos (-53 kg), Leonor Correia (-57 kg), Maísa Monteiro (-62 kg), Maialen Irigaray (-67 kg) e Laetitia Barroso (-73 kg), e oito atletas masculinos, casos de Noah Garcia (-54 kg), Tiago Lopes (-58 kg), Alfredo Martins (-63 kg), Tiago Reis (-68 kg), Lucien Propociuc (-74 kg), Manuel Martinho (-80 kg), Tiago Ribeiro (-87 kg) e Daniel Pinheiro (+87 kg).
“A PORTKD tem-se empenhado para Portugal ter representações dignas. Conseguimos alguns patrocínios e vamos, até ao fim do ano, estar presentes em sete competições internacionais, com um razoável número de atletas”, afirmou o dirigente, aludindo aos próximos Mundiais de seniores, mas também ao Mundial feminino, aos Europeus e Mundiais de sub-21 e Europeus de cadetes, juniores e de seniores para pesos olímpicos.
O tema dos Jogos Olímpicos é inevitável, tendo Portugal estado presente em três edições, através de Pedro Póvoa, em Pequim-2008, e Rui Bragança, no Rio-2016 e em Tóquio-2020.
O último representante nacional “quase apadrinhou, encaminhando e motivando para a alta competição” a jovem lutadora Kiara Barroso, atual nona do ranking, que, aos 18 anos, é uma das esperanças nacionais na “revitalização do taekwondo”.
“Não queria falar em nomes, e não vou individualizar, mas acho que o nosso regresso aos Jogos Olímpicos está muito bem encaminhado. Notamos que o nível está mais elevado, nem que seja porque, nos últimos nacionais, muitos dos mais novos, que eram juniores no ano passado, venceram muitos dos mais experientes e consagrados”, realçou Nuno Antunes, advertindo, no entanto, que a preparação de um atleta olímpico não ocorre de um dia para o outro e pode demorar 15 anos.
Sem detalhar os objetivos individuais para a competição em Wuxi, cidade a cerca de 300 quilómetros a sudeste de Pequim, o presidente da PORTKD reconhece que a participação em competições como estes Mundiais “é superimportante”.
Nuno Antunes admitiu que “há dois ou três atletas com mais possibilidade de conseguirem melhores resultados”, apesar das “pequenas diferenças entre os presentes em competições destas”, ressalvando que a estratégia de evolução nacional passa também pelo reforço da experiência internacional com a integração em estágios com lutadores estrangeiros, para aumentar a competitividade e reforçar posições nos rankings.