O COI sancionou a Rússia e a Bielorússia após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, mas recomendou na semana passada que os seus atletas competissem internacionalmente como neutros.
"Isso é muito doloroso", disse a polaca aos jornalistas no aeroporto de Varsóvia antes de partir para Roma, onde vai participar numa cerimónia para entregar a tocha Olímpica antes dos Jogos Europeus entre junho e julho, em Cracóvia.
"Não devíamos estar a pensar nessas coisas, de todo. Deveria ser uma mensagem de cima para baixo de que os atletas de ambos os países não devem competir", acrescentou Wlodarczyk.
"Não posso imaginar que um atleta da Ucrânia possa competir numa competição com um atleta da Rússia, porque não só é stressante e emocional, mas também há questões psicológicas, e é algo terrível, algo horrível", vincou.
Os Jogos Europeus de 2023 terão lugar sem a participação de atletas russos e bielorrussos.
"Mantenho a minha opinião de que devem ser excluídos (de todas as competições internacionais)", disse Wlodarczyk.
"Certamente não é fácil porque também entra aqui a política e sempre dissemos que o desporto deveria estar separado da política, mas vemos que esse não é o caso aqui. Espero que esta decisão mude nos próximos meses e que os russos e os bielorrussos não sejam autorizados a entrar", prosseguiu.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, criticou a recomendação do COI e apelidou-a de "vergonhosa".
A Dinamarca cancelou um evento anual internacional de esgrima em Copenhaga na semana passada por causa da participação de atletas russos e bielorrussos, enquanto a Alemanha cancelou um evento do Campeonato do Mundo de futebol feminino pela mesma razão.