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Primeira moçambicana no basquetebol profissional nos EUA quer inspirar raparigas

Clarisse Machanguana, a primeira moçambicana a jogar no principal campeonato feminino norte-americano
Clarisse Machanguana, a primeira moçambicana a jogar no principal campeonato feminino norte-americanoFundação Clarisse Machanguana
A antiga basquetebolista Clarisse Machanguana, a primeira moçambicana a jogar no principal campeonato feminino norte-americano, disse esta quinta-feira querer que o seu feito seja uma inspiração para raparigas desfavorecidas, tendo a sua fundação já beneficiado milhares de jovens.

Clarisse Machanguana, 47 anos, vincou os objetivos da fundação que dirige na promoção dos direitos das adolescentes e jovens moçambicanas, quando falava após firmar um memorando com o Moza Banco, no âmbito do lançamento da “Campanha Faz Acontecer”, que prevê ações de apoio àqueles segmentos sociais.

O exemplo da “oportunidade de viajar o mundo usando o basquetebol como um passaporte que abre portas, abre fronteiras e possibilita um enriquecimento cultural é algo que eu tinha a obrigação de passar às outras mulheres”, afirmou a ex-atleta e diretora-executiva da Fundação Clarisse Machanguana.

O percurso bem-sucedido nas esferas desportiva, académica e cultural, graças à carreira internacional, tem servido de sonho e esperança para milhares de adolescentes e jovens que já beneficiaram das ações na educação, saúde e desporto, áreas em que a fundação intervém, acrescentou.

Em solidariedade com uma das maiores preocupações em Moçambique, os ataques terroristas em Cabo Delgado, a fundação está a implementar a iniciativa “Desporto para a Paz” naquela província, que, através do desporto, procura desencorajar jovens de se juntarem a grupos armados, disse Clarisse Machanguana.

A fundação também tem facilitado o acesso de atletas moçambicanos a bolsas de estudo e continuação da carreira desportiva no estrangeiro.

O presidente da comissão executiva do Moza Banco, Manuel Soares, destacou o impacto do percurso de Clarisse Machanguana no basquetebol em Moçambique e no estrangeiro e como ativista social.

É sem dúvida uma mulher com um percurso extraordinário, cuja determinação e talento levaram-na a tornar-se a primeira moçambicana na prestigiosa liga americana de basquetebol”, afirmou Soares.

Suublinhou que a trajetória de Clarisse constitui uma prova viva de que “com coragem, paixão e perseverança" é possível "superar quaisquer obstáculos e alcançar o impensável”.

Depois de ter iniciado a carreira no país natal, Clarisse Machanguana jogou em várias equipas da WNBA, nos Estados Unidos da América (1999 a 2002), e depois na Europa, terminando a carreira já depois dos 40 anos.


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