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Procurador diz haver provas de manipulação de resultados de jogos fora do Brasil

A investigação a três partidas começou em novembro e acabou por se ampliar para 13 jogos
A investigação a três partidas começou em novembro e acabou por se ampliar para 13 jogosReuters
O procurador que investiga uma rede que manipulava resultados de jogos de futebol para beneficiar apostadores disse ter descoberto provas de irregularidades cometidas por jogadores fora do Brasil.

Fernando Cesconetto, do Ministério Público de Goiás, disse à agência de notícias Associated Press que o caso de Max Alves, que foi mencionado na investigação, poderá ser alvo de investigação nos Estados Unidos.

O Colorado Rapids, da principal divisão do futebol norte-americano, confirmou entretanto em comunicado que tinha afastado preventivamente um jogador, cuja identidade não revelou. O procurador confirmou que nas conversas intercetadas pelos investigadores constam contactos de apostadores brasileiros com jogadores fora do Brasil.

“Partilhar a nossa investigação para que ela possa ser investigada lá (nos Estados Unidos) é o caminho natural”, confirmou Cesconetto.

A investigação a três partidas começou em novembro e acabou por se ampliar para 13 jogos, alguns em ligas inferiores do futebol brasileiro, que ocorreram entre a segunda metade de 2022 e os primeiros três meses deste ano, disse o procurador.

Os investigadores disseram que os jogadores receberam entre 10 mil dólares e 20 mil dólares (entre 9.200 euros e 18.400 euros) para realizar ações específicas, como receber cartões amarelos e cometer grandes penalidades, com o objetivo de favorecer os apostadores.

A imprensa brasileira referiu que suspeitos mencionaram ter contactos na Grécia e na Lituânia, algo que Cesconetto não confirmou. “Ainda há muito material a ser analisado”, disse o procurador. “Estamos mais focados no que aconteceu aqui no Brasil", acrescentou.

Parte da cooperação com autoridades estrangeiras também pode vir da Polícia Federal brasileira.