Mais

Râguebi: CDUL vence final da Taça de Portugal carregada de drama (23-19)

CDUL venceu Cascais na final
CDUL venceu Cascais na finalCDUL
Um bis de ensaios de Shane van Rooyen permitiu ao CDUL conquistar este sábado a sua 10.ª Taça de Portugal em râguebi, após bater o Cascais (23-19) numa final carregada de drama, no Jamor, em Oeiras.

O ponta neozelandês cruzou a linha de meta, pela primeira vez, aos 23 minutos, e novamente aos 80+5 para, a somar às duas transformações (25, 80+6) e três penalidades (15, 33, 56) de Jorge Abecasis, protagonizar um autêntico golpe de teatro, apesar de os universitários já vencerem por 13-6 ao intervalo.

É que um ensaio de penalidade do Cascais (58), a castigar sucessivas faltas do CDUL na tentativa de travar um rolo compressor montado pelos cascalenses num maul a 20 metros da meta igualou a partida (16-16) e a quarta penalidade se Santiago Jara (17, 29, 46, 62) colocou os verdes, pela primeira vez, na frente do marcador (19-16).

O Cascais já se preparava para festejar, pela quinta vez, a conquista de um troféu que lhe escapa desde 1993, até porque Jorge Abecasis, até então exímio a chutar aos postes, errou duas penalidades (79, 80+2) aparentemente fáceis para o CDUL.

Só que Shane van Rooyen não baixou os braços e, com o tempo a esgotar-se, chutou uma bola da sua própria área de 22 metros para perto da área de validação do Cascais e correu todo o campo para ir pressionar Santiago Jara.

O abertura argentino, que podia ter sido o herói do encontro, por ter sido o único cascalense a pontuar, acabou como vilão, pois demorou uma eternidade para recolher a oval e tentar a sua devolução ao pé, permitindo ao neozelandês um bloqueio bem-sucedido, após uma corrida de 80 metros, e o ensaio que valeu o título ao CDUL.

Apesar do golpe de teatro, o ensaio de van Rooyen acabou por conferir uma certa justiça ao marcador, uma vez que o CDUL não se inibiu com as difíceis condições atmosféricas e do terreno de jogo.

Já o primeiro ensaio de Shane van Rooyen (23) tinha sido um bom exemplo: um 50/22 de Josh Honey ganhou uma introdução a cinco metros da linha de ensaio e os universitários, em vez de montarem um maul após a conquista, fizeram a bola circular à mão até ao lado contrário para o primeiro ensaio do neozelandês.

Desta forma, o CDUL ergueu a Taça de Portugal pela 10.ª vez no seu historial, descolou do Benfica e do Direito (nove títulos cada) e aproximou-se da Agronomia (11), clube que mais vezes conquistou o troféu.

 

Jogo no Campo A do Centro de Alto Rendimento de Râguebi, em Oeiras.

Cascais - CDUL, 19-23.

Ao intervalo: 6-13.

Sob arbitragem de Paulo Duarte, as equipas alinharam:

 

- Cascais: Ignácio Urueña, Nuno Mascarenhas, Nicolás Griffiths, Manuel Barros, Martim Bello, Salvador Vassalo, Frederico Parnas, Francisco Sousa, Duarte Cardoso, Santiago Jara, Francisco C. Campos, António Vidinha, Vasco Durão, Vasco Correia e Gabriel Pop.

Jogaram ainda: Pedro Santiago Lopes, Santiago Gramajo, José Martínez, Alexandre Rodrigues, Lourenço Durão, António Sousa, José Vilar Gomes e Noah Nash.

Ensaios (1): Ensaio de penalidade (58).

Penalidades (4): Santiago Jara (17, 29, 46, 62).

Treinador: Callum McLean

 

- CDUL: Tobias Taylor, Duarte Foro, Matheus Rocha, José Roque, Rui Amador, Domingos Gonçalves, Vasco Baptista, Benedict Grant, Francisco Pinto Magalhães, Jorge Abecasis, Bernardo Matos, Tomás Appleton, Ignácio Albornoz, Shane van Rooyen e Josh Honey.

Jogaram ainda: Francisco Pedro, Mateo Nuñez, António Maltez, Diogo d’Almeida, Francisco Appleton, Vasco F. António, Martim Faro e António Núncio.

Ensaios (2): Shane van Rooyen (23, 80+5).

Conversões (2): Jorge Abecasis (25, 80+6).

Penalidades (3): Jorge Abecasis (15, 33, 56).

Treinador: Kane Hancy

 

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Francisco Sousa (32), Benedict Grant (59) e Santiago Gramajo (78).

 

Assistência: cerca de 500 espetadores.