Recorde mundial de salto em altura de Javier Sotomayor faz 30 anos

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Recorde mundial de salto em altura de Javier Sotomayor faz 30 anos

Javier Sotomayor, numa competição em 1995
Javier Sotomayor, numa competição em 1995Profimedia
Javier Sotomayor alcançou 2,45 metros na pista de atletismo de Salamanca. Foi a 27 de julho de 1993. Desde então, nenhum atleta, nem campeão do mundo nem olímpico, conseguiu bater o recorde mundial do saltador cubano.

Ele sempre o disse e nunca se cansou de o repetir: "Os recordes são feitos para serem batidos".

Mas o saltador mundial de altura e ídolo internacional Javier Sotomayor sorri quando o diz por detrás de óculos escuros, enquanto o sol feroz das Caraíbas bate no Estádio Pan-Americano de Havana.

É que, aos 55 anos, celebra neste 27 de julho a terceira década em que o seu salto de 2,45 metros continua inigualável. Foi o seu último recorde. Mas há 35 anos que é o recordista mundial do salto em altura.

Basta contar a partir do dia em que alcançou 2,43 metros na pista coberta de Budapeste, em 1988. Depois, voltou a bater o recorde, com mais um centímetro, tal como Sergei Bubka no salto com vara, um ano mais tarde, em San Juan de Porto Rico.

Desde Salamanca, o seu recorde mantém-se invicto, mas não por falta de rivais que ambicionem arrebatar-lhe a coroa.

"Houve uma competição muito forte entre nós em todas as etapas", disse Sotomayor em entrevista à Reuters.

"Eles foram os culpados por eu ter saltado 2,45 metros", assumiu.

Entre os culpados estão o sueco Patrik Sjoberg, que já bateu o recorde mundial com 2,42 metros, bem como o cazaque Igor Paklin e o americano Charles Austin, com recordes pessoais de 2,41 e 2,40 metros, respetivamente.

"Hoje em dia, com 2,33 ou 2,34 metros é-se medalha de ouro e medalhado em qualquer competição, seja a nível mundial ou olímpico", disse Sotomayor.

No entanto, dois atletas mais jovens ameaçaram a sua marca: Mutaz Essa Barshim, do Catar, com um salto de 2,43m em Bruxelas, e Bogdan Bondarenko, da Ucrânia, que saltou 2,42m em Nova Iorque, ambos em 2014, há quase uma década.

Atualmente secretário da federação cubana de atletismo, Sotomayor também aconselha o seu filho Jaxier, que saltou 1,99 m em Espanha aos 15 anos, e organiza um evento anual de salto em altura para crianças em honra do seu falecido treinador, José Godoy.

"Sinto-me muito feliz e orgulhoso por ainda ter a glória de ser o recordista mundial ao fim de tantos anos", disse Sotomayor.

"Vou viver com esse orgulho, e ele vai continuar mesmo depois de alguém me ultrapassar", acrescentou.