“As pessoas criticam-me muito, mas não quero saber, porque quando se tem a consciência tranquila não se preocupa com aquilo que as pessoas dizem. Primeiro, após a morte do meu pai, nunca mais estive num cemitério. E segundo, porque onde quer que vá é um circo”, disse Cristiano Ronaldo, na segunda parte da entrevista ao jornalista Piers Morgan, divulgada esta quinta-feira.
O avançado do Al Nassr acrescentou que não queria “concentrar as atenções” em si, lembrando “o choque” que sentiu quando recebeu a notícia da morte de Diogo Jota, aos 28 anos, em consequência de um acidente de viação ocorrido em Espanha, que vitimou também o irmão do ex-jogador do Liverpool, André Silva, de 25 anos.
“As pessoas podem continuar a criticar, mas sinto-me bem com a minha decisão. Não preciso de estar na primeira fila, para que me vejam e falem bem, porque o Cristiano veio. Estou a pensar na sua família, não preciso de estar perante as câmaras para as pessoas verem o que estou a fazer. Faço-o nos bastidores”, assinalou.
O avançado, de 40 anos, revelou que chorou muito quando soube da morte de Diogo Jota, “um momento muito, muito difícil para o país, família, amigos e colegas de equipas”: “Foi devastador. (...) Um momento chocante. Ainda se sente a aura na seleção nacional, quando colocas a camisola, porque o Diogo era um de nós”, observou.
Na entrevista divulgada nos canais de Youtube de Cristiano Ronaldo e Piers Morgan, o jogador sustentou que “a liga saudita é muito melhor que a portuguesa e a francesa, na qual só há o PSG”, defendendo que conquistou o direito de ser considerado o melhor jogador da história do futebol.
“Claro, ou, pelo menos, um dos melhores. Mas não quero saber disso. A história fala por si. Ganhámos três títulos para Portugal (Europeu de 2016 e Liga das Nações de 2019 e 2025). Antes, Portugal não ganhou nenhum. Estou muito feliz”, disse Cristiano Ronaldo.
