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Rúben Amorim: "Não estamos satisfeitos com os resultados, mas sim com o crescimento da equipa"

Rúben Amorim confiante para o duelo com o SC Braga
Rúben Amorim confiante para o duelo com o SC BragaSporting CP
Na antevisão da partida do SC Braga, o treinador do Sporting assumiu que espera dificuldades, revelou a contratação de Diomandé e abordou a saída de Pedro Porro para o Tottenham

Rúben Amorim fez, esta terça-feira, a antevisão do jogo com o SC Braga, da 18.ª jornada da Liga. Depois da goleada aplicada nos quartos de final da Taça da Liga, as duas equipas voltam a encontrar-se e o técnico leonino assumiu que esta será uma partida diferente do último embate em Alvalade.

Esperamos um jogo muito difícil, diferente do da Taça da Liga, foi um resultado anormal para a diferença das duas equipas. Eles estão melhor que nós no campeonato. Agora, não estamos satisfeitos com o resultado, mas satisfeitos com o crescimento da equipa, acho que estamos a jogar cada vez melhor. Jogamos em casa, com o nosso público, sabemos que vai ser complicado, mas temos de continuar a jogar bem porque as coisas vão melhorar. As expectativas são melhores”, garantiu, deixando elogios ao adversário desta terça-feira: “O SC  Braga vale por um todo e tem a ver com a forma como a época está a correr. Houve jogos em que tivemos oportunidade e não marcámos. E já aconteceu o contrário. O SC Braga na última partida resolveu na última jogada. Eles são fortes, ganharam uma vantagem e estão mais confiantes e não têm metade da pressão que os clubes grandes têm. Não olho tanto para os reforços dele”.

Para o desafio diante dos bracarenses, Rúben Amorim não irá contar com Paulinho, habitual titular na frente de ataque, expulso diante do FC Porto, e não revelou quem vai render o internacional português na dianteira do Sporting.

“Poderá jogar o Chermiti ou outro jogador com características diferentes para usarmos outras armas contra o SC Braga”, deixou no ar.

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Por último, Rúben Amorim recusou apontar este como um jogo de tudo ou nada na corrida pelos lugares da Liga dos Campeões.

Quase todos os jogos desde o início são tudo ou nada, porque começámos mal. No fim vamos fazer as contas, sabendo que já perdemos pontos onde não queríamos. O importante é continuar a jogar bem e voltar a não sofrer golos. Mesmo contra o FC Porto tivemos muitas oportunidades e não conseguimos vencer. A verdade é que eu estou entusiasmado com o crescimento da equipa. São os resultados que ditam as coisas, mas eu vejo a equipa a melhorar”, garantindo motivação para a segunda volta: “É uma questão de orgulho e garantir o trabalho, não há motivação maior. É difícil explicar como custa ver a minha equipa no quarto lugar e a falhar objetivos. Todos os dias temos de melhorar e fazer uma segunda volta melhor depois de uma primeira volta inconstante. Vamos ter jogos da Liga Europa, nunca se sabe o que pode acontecer. E depois jogamos pelo Sporting, não há motivação maior que isso”.

Pedro Porro "filho de Conte" e Diomandé

As últimas horas do mercado de transferência adivinham-se movimentadas em Alvalade. Tudo começou na segunda-feira à noite, com a viagem de Pedro Porro para o norte de Londres, onde vai assinar pelo Tottenham, num negócio a envolver 45 milhões de euros e mais 15 por cento do passe de Marcus Edwards.

É como aconteceu com o Matheus Nunes e o Nuno Mendes. Mais do que a relação profissional é a relação pessoal, nós sentimos muito, é muito próxima. Vai fazer falta. No futebol desde muito jovens que nos habituamos a mudar e agora é filho do Conte (treinador do Tottenham). Se jogarmos contra ele já sabemos a dificuldades que ele tem e irei usar tudo para o vencer. Continuamos amigos, como falo com o Matheus. Agora, os meus jogadores são sempre os melhores do mundo e desejo tudo de bom ao Porro, mas prefiro os meus”, atirou, recusando falar em Héctor Bellerín, sucessor de Porro em Alvalade: “Com as características dele não se arranja e por isso pagaram a cláusula de rescisão. Um jogador que tem tanta assistências e golos sendo lateral-direito é difícil”.

E se por um lado, Rúben Amorim não quis falar de Bellerín, acabou por confirmar a chegada de Diomandé, central do Midjtylland que estava cedido ao Mafra.

É um jogador com enorme talento e não sabem a quantidade de clubes que tinha atrás deles e nós as vezes conseguimos porque arriscamos e dizemos aos miúdos que vêm para a equipa principal. Esse é o nosso projeto e não outro tipo de jogadores. É assim que vamos crescer”, atirou, recusando falar numa aposta de risco pelo dinheiro envolvido na transferência (sete milhões de euros): “Com o Paulinho quase que se contou a gasolina até Braga, mas no Porro não contam com os 15 por cento do Edwards. Acho que às vezes se fazem as contas para parecer muito dinheiro, o que para nós é um jogador mais caro é um dia normal noutros clubes. Para lutar pelos mesmos objetivos, temos as mesmas responsabilidades, mas depois quando gastamos um dinheiro dizem que estamos a gastar. Somos o que gastámos menos ao longo do projeto e somos a equipa que vendemos mais titulares, temos de chegar a algum lado. Apostamos no que queremos, muito de 19 anos tem uma margem de progressão muito grande, temos de pagar se não eles não vêm para cá. Depois também temos de para os ordenados, que eles custam este dinheiro e tem salários mais baixos. Há uns que chegam a custo zero e depois os ordenados são mais caros. Reagimos ao mercado, vamos a miúdos jovens, as vezes pagamos mais por isso, mas a verdade é que vendemos dois laterais por quase 50 milhões cada um”, concluiu.